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Mostrando postagens de dezembro 12, 2013

Um país movido pela fé

Muçulmanos representam 99% da população do Marrocos , onde a religião é um dos fundamentos do Estado. Já na infância escolas guiam visitas a templos. A manhã mal surgiu no Marrocos e já era possível ver diversas pessoas se dirigindo a uma mesquita para orar. O ritual é praticado mais quatro vezes ao longo do dia, uma tradição na vida dos muçulmanos, que representam 99% da população do país árabe, cerca de 32 milhões. Para eles, a fé é o caminho que guia ao sucesso e ao êxito profissional e afetivo. Uma característica primordial do islamita é a fidelidade a esse princípio. A educação nesse sentido começa na infância. Baseado na vontade do país de fortalecer os laços da fé, as escolas se encarregam de levar as crianças habitualmente a mesquitas para difundir os ensinamentos de Maomé, considerado o pai do islamismo.  “É uma visita guiada para que eles comecem a ter noção do que é a religião” , explica a professora Mouna Petit, de 28 anos, uma das responsáveis por conduzir ce

Blasfémia ainda é punida com prisão em 39 países do mundo

A blasfémia leva à prisão em 39 países do mundo, incluindo seis ocidentais, e os ateus incorrem na pena de morte em 13 países, indica-se num relatório divulgado hoje sobre "Liberdade de Pensamento". De acordo com o documento da União Internacional de organizações Humanistas e Éticas ( IHEU , em inglês), a maioria dos países não respeita os direitos dos não-religiosos (ateus, agnósticos, humanistas, ou pensadores livres). Este é o primeiro relatório que se foca especificamente nos direitos, estatuto legal e discriminação contra pessoas que não professam qualquer religião em todo o mundo. Doze países em África , nove na Ásia e dez no Médio Oriente obtiveram a pior classificação por "violações graves" contra os direitos dos agnósticos. Alguns destes governos incitam abertamente ao ódio contra ateus, ou deixam impunes, sistematicamente, crimes violentos contra ateus. Em 12 destes países, todos islâmicos, as autoridades religiosas podem condenar os

Suprema Corte do Reino Unido define o que é religião - Por Aline Pinheiro

Religião é a crença que vai além da capacidade sensorial e de comprovações científicas, seguida por um grupo de pessoas, com o objetivo de explicar o lugar do homem no universo e ensinar como viver em harmonia com a fé espiritual.  Não depende, portanto, da fé na existência de um deus. A Suprema Corte do Reino Unido chegou a essa definição num julgamento nesta quarta-feira (11/12), para estabelecer que a Cientologi a é sim uma religião. A decisão modifica jurisprudência em vigor no país desde 1970, quando a Corte de Apelação da Inglaterra entendeu que uma crença precisa ter um deus como objeto da fé para ser classificada como religião.  Por essa definição, a Cientologia e o Budismo , por exemplo, ficavam de fora do conceito de crença religiosa. O efeito prático é que, sem serem consideradas religiões, não podiam fazer atividades típicas de templos religiosos, como celebrar casamentos. Foi justamente esse motivo que levou um casal de namorados a pedir à Justiça que r

Virtuosas ou perigosas? - Por José Tadeu Arantes

“Os homens tomaram a Bastilha, as mulheres tomaram o Rei” : assim o historiador francês Jules Michelet (1798-1874) resumiu o alcance da primeira grande manifestação política feminina ocorrida na Revolução Francesa , que mudou a dinâmica do processo revolucionário, imprimindo-lhe a marca de uma crescente radicalização. O ato ocorreu no dia 5 de outubro de 1789, quando, encabeçadas pelas vendedoras de peixe de Paris, cerca de 7 mil mulheres, armadas de facões de cozinha, lanças rústicas (piques), machados e dois canhões, marcharam a Versalhes, sede da Corte Real e da Assembleia Nacional , para protestar contra a escassez e o preço do pão, arrastando atrás de si soldados da Guarda Nacional e outros homens. No dia seguinte, exasperadas com a crise de abastecimento e a atitude de Luís XVI, que vetava sistematicamente todos os decretos revolucionários da Assembleia, as manifestantes pressionaram o Rei a abandonar o Palácio de Versalhes e o escoltaram à capital. “Foi uma inicia