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Mostrando postagens de novembro 19, 2009

Por uma nova ética global segundo Boff - Por José Manuel Vidal

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O teólogo brasileiro Leonardo Boff, presidente honorário do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis , disse nesta sexta-feira que o G-20 comete um "imenso equívoco", porque se reúne para discutir "como salvar o sistema" econômico, quando, em sua opinião, o importante é "como salvar a Humanidade" Boff, que apresentou em Alicante, na Espanha, a iniciativa internacional da Carta da Terra e os projetos do centro que preside, explicou em uma coletiva de imprensa que "os países ricos" se reúnem para que o sistema "continue com a mesma lógica", em vez de se perguntarem "como salvar as condições de reprodução da terra como superorganismo vivo". O teólogo, que também é professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Rio de Janeiro , defendeu "uma nova ética" e "novos hábitos" para lutar contra a "injustiça social" e a "injustiça ecológica", que ocorrem

CNPq lança nova versão do Currículo Lattes

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O CNPq lançou hoje (19/11) a nova versão do Currículo Lattes (CVLattes) com novas funcionalidades e amplas possibilidades de cruzamento de dados. O lançamento coincide com o aniversário de uma década da Plataforma Lattes. O CNPq vem buscando aperfeiçoar essa ferramenta que já é conhecida por todos os pesquisadores brasileiros e se tornou um patrimônio da comunidade científica. Os últimos avanços estão sendo incorporados a essa nova versão que inclui a possibilidade de consulta às citações dos artigos publicados em revistas indexadas no Web of Science e que estejam registradas nos currículos com o DOI (Digital Object Identifier- um identificador digital único) correspondente. Para que isso fosse possível um acordo com a empresa Thomson&Reuters , administradora do Instituto para a Informação Científica (ISI), foi firmado há dois meses pela diretoria do CNPq. A base Web of Science é a mais relevante do mundo, cobrindo mais de 10 mil periódicos científicos desde 1954. Também

As cores de Tarsila

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Uma exposição com 26 reproduções da artista Tarsila do Amaral (1886-1973) foi inaugurada nesta quarta (18/11) na sede da FAPESP, em São Paulo. Os painéis, que ilustram o Relatório de Atividades 2008 da Fundação, lançado no mesmo dia, ficarão expostos ao público até 9 de dezembro. Uma das figuras centrais da pintura brasileira e um dos ícones do Modernismo no país, Tarsila inaugurou com sua célebre obra Abaporu, em 1928, o movimento antropofágico nas artes plásticas. Os 26 painéis da exposição percorrem a produção da artista desde 1922 e incluem outros trabalhos importantes como Operários (1933), A Gare (1925), Antropofagia (1929) e Passagem de Nível III (1965). Pelo quarto ano consecutivo, o Relatório de Atividades homenageia artistas plásticos que nasceram ou se radicaram em São Paulo. A edição de 2005 apresentou obras de Francisco Rebolo (1902-1980), seguida por Aldo Bonadei (1906-1974) no ano seguinte e Lasar Segall (1891-1957) em 2007. A obra de Tarsila, marcada pelos traço

Jerusalém deve ser cidade aberta, defende livro de judeus e muçulmanos - Por Daniel Buarque

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O presidente Shimon Peres, de Israel, visitou Brasília na semana passada, e o presidente Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina, chega nesta quinta-feira (19/11) ao Brasil. Enquanto o Brasil tenta se posicionar como mediador à distância do conflito no Oriente Médio, um grupo de pesquisadores judeus, muçulmanos, cristãos ou sem nenhuma ligação religiosa e ideológica se juntou para publicar um livro inédito em seu pluralismo. A ideia por trás da obra lançada na última segunda-feira (16/11) nos Estados Unidos é mostrar que Jerusalém, cidade no âmago da disputa no Oriente Médio, deve se tornar uma cidade aberta, internacional, de todos os povos e crenças. “Jerusalém, especialmente a Cidade Antiga, que é facilmente identificável, tem que se tornar uma cidade internacional e aberta. Muitas pessoas de todas as religiões têm defendido que uma agência internacional passe a administrar a Cidade Antiga, pois ela é importante para todo o mundo e todas as religiões, e não apenas para is

Uma história épica: Irmãs negras - Por Leonardo Boff

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A Casa Grande e a Senzala não foram apenas construções sociais e físicas, dividindo por um lado os brancos, donos do poder e por outro, os negros, feitos escravos. Com a abolição da escravatura exteriormente desapareceram. Mas continuam presentes na mentalidade dos brancos e das elites brasileiras. As hierarquizações, as desigualdades sociais e os preconceitos têm nesta estrutura dualista sua origem e permanente realimentação. A vida religiosa que se insere neste caldo cultural reproduziu em suas relações internas o mesmo dualismo e as mesmas discriminações. Durante todo o tempo da Colônia os que possuíam “sangue sujo”, quer dizer, os que eram negros, indígenas ou mestiços, não podiam ser padres nem religiosos. Além de puro racismo, típico da época, argumentava-se que eles jamais conseguiriam viver a castidade. Esta discriminação foi internalizada nestas populações desumanizadas a ponto de sequer pensarem em ser padres, religiosos ou religiosas. As consequências perduram até os dias