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Mostrando postagens de dezembro 11, 2012

O dilema árabe; entre o arabismo e o pan-islamismo - Por Simon Saba*

O chamado "mundo árabe" está localizado entre o Norte de África e Ásia ocidental . Nele são falados diversos dialetos que têm a ver com a origem das línguas antes da invasão árabe, que veio acompanhada do Islã, uma religião nova surgida na Península Arábica e de tradição abraâmica, como o judaísmo e o cristianismo. Os povos originais da maioria dos países agora árabes falavam línguas semíticas, como por exemplo o sírio (ou "aramaico" ) na Grande Síria , ou os derivados fenícios (também surgidos do aramaico ou cananeu), como na Tunísia e Argélia . No atual Iraque se falavam os idiomas mesopotâmicos (assírio, caldeu, etc.) também semíticos. Paramos aqui, mas quem quiser ver mais detalhes sobre estes idiomas pode consultar outras fontes, como livros ou enciclopédias sobre as famílias idiomáticas. Durante os primeiros anos da expansão islâmica quase todos os territórios dos atuais países árabes estiveram sob um único governo, assim como aconteceu com os p

Crenças, altares e TV: a fé além da audiência - Por Eliane Gonçalves

Pelo segundo ano consecutivo, a música gospel entra na programação de fim de ano da TV Globo , emissora que nunca escondeu sua proximidade com o catolicismo, mas que já estuda a possibilidade de investir em versões regionais do festival de músicas evangélicas.  Ao mesmo tempo, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) promete colocar na rua o edital que vai selecionar a produtora responsável por dar forma à nova faixa da diversidade religiosa da TV Brasil, emissora pública de televisão. TV Globo e TV Brasil ocupam polos opostos no cenário brasileiro das telecomunicações. De um lado, a emissora que é símbolo da tradição brasileira na radiodifusão. Modelo onde a lógica vigente é a da comunicação nascida e nutrida pela iniciativa privada. De outro, uma empresa que se pretende alternativa mas que ainda se encontra na infância, no tatibitate, do que pode ser de fato uma emissora pública com total autonomia frente a poderes políticos e econômicos. Tanto uma quanto a outra entram em 2

Órgão de direitos humanos da ONU elege países "sem liberdade" - Por Robert Evans

Mauritânia e Maldivas , que preveem a pena de morte a cidadãos que renunciam ao Islã, foram na segunda-feira eleitos vice-presidentes do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas em 2013. A Polônia foi escolhida para presidir o conselho no próximo ano, com o Equador e a Suíça indicados como os outros vice-presidentes do órgão de 47 membros. A Mauritânia e as Maldivas foram eleitas como representantes dos grupos de conselho regionais. No início desta segunda-feira, os registros de direitos humanos da Mauritânia e das Maldivas , onde um presidente eleito e ex-prisioneiro político foi derrubado no começo do ano no que ele diz ser um golpe da linha dura, foram criticados por um órgão mundial de livre expressão. Em um relatório detalhando a perseguição e a discriminação enfrentadas pelos ateus e humanistas no mundo, a União Ética e Humanista Internacional (IHEU, na sigla em inglês) disse que ambos os países impõem o Islã como a única religião do Estado.