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Mostrando postagens de maio 30, 2015

No Brasil, intolerância religiosa nega e tenta inibir cultura mestiça - Por Marcela Belchior

Discriminação e ataques recaem, principalmente, sobre religiões de ancestralidade africana. Doutor em Ciências Sociais discorre sobre pluralidade e os preconceitos movidos a interpretações da fé. Formalmente, o Brasil é visto como um país de paz religiosa. Este consenso ideológico, no entanto, é desafiado quando observamos religiões sendo, cotidianamente, discriminadas por adeptos de outros grupos religiosos e excluídas das políticas públicas do Estado. Neste contexto, religiões de ancestralidades africanas são os mais frequentes alvos, indicando que a intolerância religiosa é, sim, uma questão a enfrentar grandes desafios na sociedade brasileira. País mestiço de partida, o Brasil abriga religiões cujas fronteiras se tocam e avançam umas sobre as outras, num notório sincretismo entre doutrinas, tradições e ritos. Neste caldo cultural e religioso, diversos conflitos de poder se instalam, cujos principais agentes ativos de ataques e enfrentamentos são religiosos de referên

Religião e Política – Por Aldo Vannucchi

A verdade é que o Estado pode ser laico, mas ninguém suprime o sopro de espiritualidade que move o coração humano do chão da vida, para se perguntar: quem sou, donde vim, para onde vou. Noto, hoje, duas posições sorocabanas: uns insistindo que o Estado é laico; outros, a maioria, demonizando a Política. Quanto à primeira tese, acho que a população não está nem aí. Respeita o totem que proclama o senhorio de Jesus Cristo, como não brigará com ninguém, se aparecer outro afirmando que a cidade é dos Tropeiros. Já a tendência de repúdio à Política, essa está a devastar o melhor das energias populares. Sabe-se por quê. Muita corrupção, decepção com partidos, votos comprados com promessas mentirosas, péssimos exemplos de altas figuras dos três poderes e portas que só se abrem azeitadas com dinheiro. Essas duas atitudes parecem explicar a tradicional sentença de que "Religião e Política não se discutem" , primeiro, porque ambas parecem terrenos minados e divididos;

Igreja portuguesa “perdeu o sal” e continua “sisuda” - Por Ângela Roque

O frei Bento Domingues lança mais um livro, resultado de uma colaboração com "Público", mas não se vê como um escritor. Escreve crónicas "por dever de consciência" e porque são também uma "forma de pregação". “O bom humor de Deus e outras histórias” é o título de mais um livro com as crónicas de frei Bento Domingues no “Público”. O frade dominicano colabora com o jornal há mais de duas décadas, mas em declarações à Renascença disse que não se vê como um escritor. Escreve crónicas “por dever de consciência” e porque são também uma “forma de pregação”, ou não pertença ele à Ordem dos Pregadores.  Sobre a Igreja portuguesa, acha que tem boas lideranças mas que “perdeu o sal” e continua demasiado “sisuda” e triste. Lamenta também que não haja cristãos mais interventivos, sem vergonha nem medo, e que não se viva a fé com alegria, como pede o Papa Francisco.  É importante haver nos media espaço para estas reflexões de pessoas da Igreja?  Aqu

A transformação do narcisismo pela perspectiva do Novo Testamento

O objetivo deste curso é viabilizar a compreensão simbólica da individuação, pela perspectiva do Evangelho de Jesus. Serão abordados: O Espírito Santo como função psíquica do desapego e da transcendência. A Função Transcendente e a imaginativa como funções do Espírito necessárias ao desenvolvimento da consciência. O símbolo da morte no Mito Cristão e o surgimento do Novo Homem. A transformação do eixo narcísico de sustentação do sujeito. O sacrifício da dinâmica do bode expiatório. Datas:  10, 17 e 24 de junho. Quartas-feiras, das 20h30 às 22h30, na sede da S BPA-SP. Docente: Roberto Rosas Fernandes, membro analista da SBPA-SP. Roberto Rosas Fernandes é psicólogo clínico e analista junguiano pela Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica ( SBPA ), filiado à International Association for Analytical Psychology (IAAP). É pós-doutorando em psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) e doutor e mestre em ciências da religiã