Postagens

Mostrando postagens de março 28, 2016

Católicos, ortodoxos, evangélicos e judeus: a Páscoa em versão jovem – Por Catarina Martins

Imagem
Um católico praticante, três cristãs ortodoxas não praticantes, uma evangélica a perder a fé em Deus e um judeu a descobri-la partilham os rituais de celebração da Páscoa. São jovens entre a religião e a festa de família. A Páscoa da família Alvim parece saída de outros tempos. Todos os anos mais de 100 pessoas reúnem-se para um fim-de-semana de celebração. A fotografia de família é tirada na grande escadaria da Quinta de Seiça, o único local com espaço suficiente para permitir que as sucessivas gerações Alvim, compostas por famílias numerosas, caibam no retrato. Há muitas crianças e jovens e todos estão impecavelmente vestidos e sorridentes. A Páscoa dos Alvim é uma grande festa familiar em torno de uma festa religiosa, não apenas um almoço por tradição e de costumes esquecidos com o passar das décadas.  Joaquim Alvim, 15 anos, é o mais novo de oito irmãos e explica a importância desta celebração: “A Páscoa é aquele momento do ano em que todos os Alvim se juntam. No N

Liberdade no vazio e religião na páscoa - Por Aires Gameiro

Liberdade para quê? Há dias sentei-me por acaso ao lado de um desconhecido num encontro sobre diálogo interreligioso. Cinco minutos depois de nos apresentarmos já me estava a dizer que era ateu; não bem um ateu, mais um agnóstico. Conversa animada. A certa altura veio a questão se um ateu seria um religioso especial que fazia do ateísmo um dogma de fé na liberdade individual a impor ou propor aos outros. Que não, era apenas alguém que prezava a sua liberdade de não acreditar, mas continuava a procurar; sem excluir encontrar alguma religião. A liberdade é um tema recorrente em conversas casuais de pessoas que se encontram, principalmente se uma delas é fiel ou simpatizante de uma confissão religiosa e a outra não. A liberdade é tema quase inevitável e um pouco escandaloso como aconteceu no Vaticano II com a declaração sobre liberdade religiosa na Igreja. Só com liberdade a religião é digna da pessoa e merece esse nome. A liberdade, porém, é tratada com alguma ligei