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Mostrando postagens de maio, 2015

Seminário Rio 450: A Igreja na Cidade

O seminário, fruto de iniciativa conjunta da Pesquisa em História da Fundação Casa de Rui Barbosa e dos Departamentos de História e de Teologia da PUC-Rio , participa das comemorações dos 450 anos da cidade reunindo pesquisas sobre a história da Igreja em sua relação com a sociedade carioca. O evento com entrada franca acontece no dia 2 de junho, no auditório do RDC na PUC-Rio, e no dia 3 de junho, no auditório da FCRB. Data:  Dia 2 de junho – PUC-Rio, auditório do RDC: 10h:  Abertura - Cardeal dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e grão-chanceler da PUC-Rio, e demais autoridades acadêmicas. 10h30: Conferência Margarida de Souza Neves (PUC-Rio): “PUC-Rio: uma Universidade na história da cidade” 14-16h: Mesa I - Da fundação da Cidade à Instalação do Bispado (1565–1680) Eunícia Fernandes (PUC-Rio): “Todos e partes: pensar a História da Igreja no Rio de Janeiro através da Companhia de Jesus” Fania Fridman (IPPUR/UFRJ): "I

No Brasil, intolerância religiosa nega e tenta inibir cultura mestiça - Por Marcela Belchior

Discriminação e ataques recaem, principalmente, sobre religiões de ancestralidade africana. Doutor em Ciências Sociais discorre sobre pluralidade e os preconceitos movidos a interpretações da fé. Formalmente, o Brasil é visto como um país de paz religiosa. Este consenso ideológico, no entanto, é desafiado quando observamos religiões sendo, cotidianamente, discriminadas por adeptos de outros grupos religiosos e excluídas das políticas públicas do Estado. Neste contexto, religiões de ancestralidades africanas são os mais frequentes alvos, indicando que a intolerância religiosa é, sim, uma questão a enfrentar grandes desafios na sociedade brasileira. País mestiço de partida, o Brasil abriga religiões cujas fronteiras se tocam e avançam umas sobre as outras, num notório sincretismo entre doutrinas, tradições e ritos. Neste caldo cultural e religioso, diversos conflitos de poder se instalam, cujos principais agentes ativos de ataques e enfrentamentos são religiosos de referên

Religião e Política – Por Aldo Vannucchi

A verdade é que o Estado pode ser laico, mas ninguém suprime o sopro de espiritualidade que move o coração humano do chão da vida, para se perguntar: quem sou, donde vim, para onde vou. Noto, hoje, duas posições sorocabanas: uns insistindo que o Estado é laico; outros, a maioria, demonizando a Política. Quanto à primeira tese, acho que a população não está nem aí. Respeita o totem que proclama o senhorio de Jesus Cristo, como não brigará com ninguém, se aparecer outro afirmando que a cidade é dos Tropeiros. Já a tendência de repúdio à Política, essa está a devastar o melhor das energias populares. Sabe-se por quê. Muita corrupção, decepção com partidos, votos comprados com promessas mentirosas, péssimos exemplos de altas figuras dos três poderes e portas que só se abrem azeitadas com dinheiro. Essas duas atitudes parecem explicar a tradicional sentença de que "Religião e Política não se discutem" , primeiro, porque ambas parecem terrenos minados e divididos;

Igreja portuguesa “perdeu o sal” e continua “sisuda” - Por Ângela Roque

O frei Bento Domingues lança mais um livro, resultado de uma colaboração com "Público", mas não se vê como um escritor. Escreve crónicas "por dever de consciência" e porque são também uma "forma de pregação". “O bom humor de Deus e outras histórias” é o título de mais um livro com as crónicas de frei Bento Domingues no “Público”. O frade dominicano colabora com o jornal há mais de duas décadas, mas em declarações à Renascença disse que não se vê como um escritor. Escreve crónicas “por dever de consciência” e porque são também uma “forma de pregação”, ou não pertença ele à Ordem dos Pregadores.  Sobre a Igreja portuguesa, acha que tem boas lideranças mas que “perdeu o sal” e continua demasiado “sisuda” e triste. Lamenta também que não haja cristãos mais interventivos, sem vergonha nem medo, e que não se viva a fé com alegria, como pede o Papa Francisco.  É importante haver nos media espaço para estas reflexões de pessoas da Igreja?  Aqu

A transformação do narcisismo pela perspectiva do Novo Testamento

O objetivo deste curso é viabilizar a compreensão simbólica da individuação, pela perspectiva do Evangelho de Jesus. Serão abordados: O Espírito Santo como função psíquica do desapego e da transcendência. A Função Transcendente e a imaginativa como funções do Espírito necessárias ao desenvolvimento da consciência. O símbolo da morte no Mito Cristão e o surgimento do Novo Homem. A transformação do eixo narcísico de sustentação do sujeito. O sacrifício da dinâmica do bode expiatório. Datas:  10, 17 e 24 de junho. Quartas-feiras, das 20h30 às 22h30, na sede da S BPA-SP. Docente: Roberto Rosas Fernandes, membro analista da SBPA-SP. Roberto Rosas Fernandes é psicólogo clínico e analista junguiano pela Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica ( SBPA ), filiado à International Association for Analytical Psychology (IAAP). É pós-doutorando em psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) e doutor e mestre em ciências da religiã

Violência em nome de Buda - Por Dandara Tinoco

Onda de refugiados gerada por extremistas de religião pacifista em Mianmar surpreende planeta. Abandonados em barcos sem rumo, membros de uma minoria muçulmana expulsa de Mianmar por monges radicais são personagens centrais de uma crise humanitária que põe à deriva também a convicção do senso comum de que o budismo está sempre associado ao pacifismo.  Milhares de homens, mulheres e crianças rohingyas teriam sido impelidos para o alto-mar, e carregados por meses em barcos de pesca, com pouca comida ou água, sobretudo por um conflito ligado à ascensão do extremismo budista no país do Sudeste Asiático. O conflito põe em evidência recentes trabalhos acadêmicos que estudam a violência no budismo. Especialistas avaliam que, embora tradicionais textos da religião preguem a não violência, o uso da agressividade por grupos de monges é bem mais frequente do que poderiam prever os ensinamentos de Buda. Adeptos de distintas linhas praticadas no Brasil , por sua vez, reafirmam o v

Intolerância religiosa: OAB classifica caso como lógica fundamentalista – Por Milton Rodrigues

Mãe de santo alagoana foi recebida pela ordem que garantiu punição para envolvidos em caso de intolerância religiosa com ator global. Após a ação movida pela Mãe Neide Oya D’Oxum contra a ex-namorada de Henri Castelli, Juliana Despírito, por intolerância religiosa e injúria racial, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas se pronunciou na manhã desta sexta-feira (29/05), em solidariedade ao caso de discriminação ocorrido em solo alagoano. De acordo com o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB-AL, Daniel Nunes, a OAB vai acompanhar de perto a situação que pode culminar em processo por danos morais para a ex-namorada do ator e também para aquelas pessoas que registraram mensagens de ódio na rede social instagram de Henri Castelli. “Infelizmente isso é o que tem acontecido em nosso país de um ano pra cá, essa onda conservadora. Esse caso é uma demonstração muito gritante que leva à discriminação contra tudo que vai de encontro a essa lógica estreita e fu

Sete anos de injustiça – A luta pelos direitos humanos e tolerância religiosa no mundo – Por Myrella Brasil

O que você acharia de não ter direito a educação, não ter direito a escolher sua religião, não ter direito a manifestar sua opinião livremente, e se você for mulher não ter direito sequer a ter os mesmos direitos de um homem!  Parece incrível que isso ocorra ainda no sec. XXI, não é mesmo?! Mas isso acontece ainda, no Irã. Em 2008, sete pessoas foram presas por um único crime: ser Baha’i, mas será que ser Baha’i é crime? A Fé Bahá’í é uma religião mundial independente, que surgiu na antiga Pérsia (atual Irã) em 1844. Foi fundada por Bahá’u’lláh, título de Mirzá Husayn Ali (1817-1892), e não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio. Com aproximadamente 6 milhões de adeptos, é a segunda religião mais difundida no mundo. No Brasil são cerca de 70 mil bahá’ís espalhados em todas as regiões. Como o Estado tem o direito de privar uma pessoa de sua liberdade, de sua família, de seus filhos, de sua educação simplesmente por ter uma religião que não é a oficial daquele pa