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Mostrando postagens de janeiro 5, 2014

A ONU é favorável ou contrária aos cristãos? - Por Jarbas Aragão

Criada depois da Segunda Guerra para “deter a guerra entre os países e fornecer uma plataforma para o diálogo” , a Organização das Nações Unidas sempre precisou lidar com críticas. Uma das mais comuns diz respeito a maneira como trata a liberdade religiosa. O recente relatório: “ONGs religiosas e as Nações Unidas”  afirma que as ONGs cristãs continuam sendo a maioria, o que gerou crítica de outros grupos religiosos. Oficialmente, mais de 70% das ONGs religiosas ligadas à ONU são cristãs, afirma o estudo liderado pelo professor Jeremy Carrette e do Departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Kent , na Inglaterra. Proporcionalmente, o financiamento também vai em sua maioria para as ONGs cristãs, o que limita o repasse a outros grupos religiosos, como o hinduísmo e o budismo. As ONGs muçulmanas preferem buscar apoio da Organização para Cooperação Islâmica (OCI) , que reúne 57 países islâmicos e funciona em paralelo à ONU. O professor Carrette afirma: “É necessári

Serviços ‘especializados’ têm vez no ‘cyberespaço’

Com a popularização da internet, a cada dia uma nova ferramenta surge para facilitar a vida do usuário. O ciberespaço quebrou as barreiras da distância, impulsionando a comunicação e transformações na cultura da sociedade.  Diante disso, é comum ao navegar na rede encontrar sites que oferecem serviços inusitados, como por exemplo, um grupo de oração virtual. Há vários sites oferecendo estes serviços, basta uma pesquisa no Google para ter acesso a eles.  A proposta deste tipo de site é facilitar a interação entre o internauta e a comunidade cristã. Logo, o usuário não precisa sair de casa e participar de uma missa ou culto religioso. A oração é feita através de um chat ao vivo via vídeo. O internauta se conectará com usuários do mundo todo e, juntos, formam um corrente de oração. O site explica que aceita pessoas de todas as religiões: basta ter fé e acreditar no poder da oração.  Gleyze Rocha, 30 anos, evangélica da Igreja de Deus no Brasil (IDB) , conta que conhece o

Amarrados ao púlpito – Por Hélio Schwartsman

O filósofo Daniel Dennett é frequentemente citado, ao lado de Richard Dawkins, Sam Harris e Christopher Hitchens, como um dos quatro cavaleiros do ateísmo, que ganharam a alcunha por terem lançado, entre 2004 e 2007, best-sellers com críticas à religião. Os quatro livros são interessantes, mas nunca achei que Dennett se encaixasse bem na imagem. Enquanto Dawkins, Harris e Hitchens adotam um tom francamente militante, até panfletário, Dennett oferece uma obra muito mais nuançada. Essa impressão foi reforçada agora com o lançamento de "Caught in The Pulpit: Leaving Belief Behind" (capturados no púlpito: deixando a crença para trás) , em que Dennett e Linda LaScola lançam luzes sobre o problema dos pastores, padres, rabinos e outras lideranças religiosas que perdem a fé e se veem no dilema entre manter a integridade intelectual, o que implicaria renunciar a seus postos, ou ir torcendo as palavras e suas próprias crenças, para continuar exercendo suas funções e, assim,

Mali e Níger evacuam cidadãos da República Centro-Africana – Por Paul-Marin Ngoupana

Países africanos começaram a evacuar seus cidadãos da República Centro-Africana nos últimos dias, em meio à degradação de condições humanitárias e violência entre religiões. Um grupo muçulmano, o Seleka , começou uma onda de assassinatos contra a maioria cristã após assumir o poder, em março, causando represálias de milícias. Os confrontos causaram mais de mil mortes desde dezembro e a ONU disse que 935 mil pessoas estão desalojadas. Equipes de ajuda estão com dificuldades para fornecer cuidado médico, comida e água para mais de 100 mil pessoas que estão no principal campo para os que foram obrigados a deixar suas casas, situado no aeroporto próximo à capital Bangui. O governo de Mali fretou dois aviões para evacuar cerca de 500 de seus cidadãos no próximo domingo, enquanto 150 pessoas nascidas em Níger voltaram à capital Niamey na noite de sexta-feira. "Não posso dizer se houve violência contra malianos, mas a maioria dos países decidiu, por precaução, traze

Tunísia oficializa Islã como religião do país, mas rejeita usar Alcorão como fonte de lei

Os deputados da Assembleia Constituinte da Tunísia aprovaram neste sábado (04/01) o primeiro artigo da nova Constituição, que estabelece o islã como religião oficial do país, mas rejeitaram emendas nas quais se propunha que o Alcorão seja a "principal" fonte de direito. "A Tunísia é um Estado livre, independente e soberano. O islã é sua religião, o árabe é sua língua e a República é seu regime. Não é possível modificar este artigo" , diz o texto, fruto de um compromisso entre os islamitas no poder e a oposição laica. O partido no governo, o Ennahda, rejeitou em 2012 a instauração da sharia (lei islâmica) na Constituição.  Por outro lado, os deputados rejeitaram duas propostas de emendas, a primeira que propunha que o islã, e a segunda que o Alcorão e a suna (as palavras do profeta) fossem "a fonte principal da lei". "Adotar o islã como fonte principal da lei outorgará um apoio espiritual a todos os direitos e liberdades", disse