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Mostrando postagens de junho 22, 2015

Qual é o futuro da fé? – Por Jeniffer Trindade

Para teólogos e escritores, apesar do momento de violência e crise que o mundo vive, a fé da humanidade nunca vai acabar.  Para o dicionário Aurélio, fé é a crença, o crédito ou a convicção da existência de algum fato ou coisa. Ela também é definida como fidelidade a compromissos e promessas. O significado da palavra é facilmente encontrado. Mas, em um mundo onde fatos absurdos acontecem, perder a fé pode ser algo que permeia o pensamento das pessoas. A Tribuna conversou com especialistas na área e perguntou: Qual é o futuro da fé? A resposta foi dada por escritores e nomes de peso da teologia: Leonardo Boff, Leopoldo Cervantes-Ortiz e Zwinglio Dias. “A fé não irá acabar, ela vai acompanhar a humanidade e todas as suas mudanças. Ter fé é uma aposta de que a vida é mais forte que a morte. Essa é uma aposta que fazemos e, como toda aposta, nós podemos perder ou ganhar”, afirmou o doutor em Teologia, filósofo e escritor Leonardo Boff. Para Boff, o cenário mundial é de

'O quebra se repete depois de 100 anos em Maceió', diz religiosa – Por Olívia de Cássia

Decepcionada com a falta de humanidade, de caridade e humanismo, proporcionada pela ação dos  funcionários da Prefeitura de Maceió, no ato da desocupação dos moradores da Vila dos Pescadores , em Jaraguá , a sacerdotisa Maria Vitória de Lima Oliveira, a Mãe Vitória, que residia e mantinha um terreiro de candomblé no local,  há 35 anos, em depoimento emocionante em vídeo que viralizou na internet, denunciou a ação truculenta para reintegração de posse do local,  acontecida na manhã da última quarta-feira (17/06). O vídeo com o depoimento da religiosa falando da demolição do terreiro de candomblé e do ponto de cultura foi compartilhado na internet por lideranças de cultura, religiosos e simpatizantes da causa de várias partes do país, que já se manifestaram indignados com a ação da Justiça alagoana. A operação foi realizada pela Polícia Militar, em parceria com a Secretaria de Estado da Defesa Social e Ressocialização (Sedres) , o apoio do Corpo de Bombeiros , Polícia Federa

Brasil: país religiosamente plural – Por Clemir Fernandes

  Que o Brasil é um país religioso ninguém nega.  E mesmo que houvesse dúvida, qualquer pessoa pode constatar, sem muito esforço, a forte presença da religião por meio de símbolos e manifestações típicas de religiosidade tanto em logradouros públicos quanto em espaços privados em todas as partes de nosso país. Nas áreas rurais e urbanas, nos espaços socialmente mais pobres quanto nos mais ricos, no Nordeste e Norte quanto no Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Desde sua origem a identidade do Brasil está fortemente associada às crenças e expressões religiosas. Antes mesmo da chegada dos europeus, os habitantes pioneiros de nossa terra, chamados genericamente de índios pelos portugueses, já praticavam religião, conforme os mais antigos registros acerca dos povos aqui “descobertos”.  Certamente que com o domínio português a religiosidade católica trazida na bagagem, mente e coração dos viajantes das caravelas passou a se estabelecer como padrão, tanto para os recém-chegados (que

Papa Francisco pede perdão aos fiéis valdenses em nome dos católicos

Em visita à Turim , no norte da Itália , o Papa Francisco pediu desculpas nesta segunda-feira (22/06) à minoria religiosa valdense em nome da igreja católica.  Os fiéis dessa confissão, evangélicos, foram perseguidos durante séculos por católicos desde a Idade Média. "Peço perdão pelas atitudes e comportamentos não cristãos, por vezes desumanos, que tivemos ao longo da História com vocês. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoem-nos" , disse o sumo pontífice em uma visita inédita de um papa à Igreja Valdense. Para o Santo Padre, "uma profunda ligação une as duas religiões, apesar das diferenças". "Podemos apenas nos entristecer sobre a oposição e as violências cometidas. Eu peço ao senhor que nos dê a graça de nos reconhecer como pecadores e de saber perdoar uns aos outros" , reiterou. Igreja valdense O movimento religioso teve origem no século 12, liderado pelo Pedro Valdo, que pregava o evangelho no interior da Itália em vernácul

Ensino religioso na escola pública: afinal, que 'religião' é essa? – Por Guilherme Perez Cabral

Na semana passada, ganhou destaque a discussão do ensino religioso na escola pública.  A matéria está sendo discutida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) , em ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) , movida pela Procuradoria-Geral da República, órgão máximo do Ministério Público da União. Em audiência pública, promovida pelo Ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, diversas entidades da sociedade civil defenderam seus pontos de vista, promovendo um diálogo sobre o tema. Foi a mesma semana em que fomos surpreendidos com uma notícia triste e absurda. Uma criança de 11 anos, praticante do candomblé, foi apedrejada por causa da sua religião. Aqui, prevaleceu outra linguagem. A absoluta intolerância religiosa. Falemos do debate. Na ação judicial, o Ministério Público pede que o STF , responsável pela "guarda" da nossa Constituição, dê ao tema do ensino religioso em escola pública, uma "interpretação conforme" o texto constitucional.

Crimes de intolerância envergonham a nossa sociedade – Por Davison Coutinho*

Quantos crimes em uma mesma semana no Rio de Janeiro!  Todos motivados por intolerância religiosa, um absurdo. É uma vergonha saber que fazemos parte de uma sociedade onde as pessoas são atacadas, apedrejadas e mortas por escolherem e seguirem uma religião. Seja a religião que for, macumbeiro, evangélico, espírita, católico, umbandista, Testemunha de Jeová ou qualquer outra existente, ninguém tem o direito de interferir sobre uma vida por qualquer uma destas escolhas.  Quem pratica esse crime desconhece um dos maiores mandamentos de Deus e Jesus Cristo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo..." (Mateus 22:37-39). E essa mensagem vale para qualquer tipo de intolerância. O Brasil é um país com grande diversidade de religião. A Constituição brasileira prevê essa liberdade e nossa legislação proíbe qualquer tipo de intolerância. Seja na favela, no asfalto, o rico ou o pobre, a religião é uma livre escolha.  Cada um tem direito às suas escolhas e crenças. A into

STF libera vídeos de debates de audiência pública sobre ensino religioso

As 31 palestras proferidas durante a audiência pública sobre ensino religioso nas escolas públicas, ocorrida na segunda-feira (15/6), já estão disponíveis no canal do Supremo Tribunal Federal no YouTube. A audiência foi convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.439.  O processo movido pela Procuradoria-Geral da República questiona a constitucionalidade do ensino religioso confessional nas escolas públicas do país. Essa modalidade de ensino é aquela vinculada a uma religião específica.  O debate foi composto por especialistas vinculados a diversas religiões, além de órgãos e entidades ligados à educação e à defesa dos direitos humanos. Veja as palestras abaixo ou no  canal  do STF no YouTube. Fonte:  http://www.conjur.com.br