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Mostrando postagens de janeiro 11, 2015

"O Islão não é isto", diz um muçulmano no Porto - Por Teresa Almeida

Tarek El-hasmin é casado há 25 anos com uma portuguesa católica. Diz que os atentados em França não têm nada a ver com religião: são terrorismo e fanatismo. “Reza por nós”, diz um muçulmano para uma católica com quem está casado há 25 anos. O respeito pelas religiões que professam é mútuo e é assim que gostava que toda a gente visse os árabes. Em declarações à Renascença, Tarek El-hasmin condena o atentado em França e garante que o Islão não é isto. Fala dos dois terroristas que atacaram o jornal “Charlie Hebdo” como muçulmanos radicais, fanáticos, com os quais não concorda. Michel, nome que adoptou depois de ter começado a trabalhar no Luxemburgo , porque a sua patroa não conseguia reproduzir o seu nome árabe, está na Europa Ocidenta l há mais de meio século. Garante que não sentiu “nenhuma” dificuldade em adaptar-se. “Na Tunísia estamos habituados ao turismo e aos turistas e senti-me sempre preparado”, explica. Primeiro no Luxemburgo, depois em Portugal,

Crimes de ódio – Por Fernanda Palma

A ética democrática assenta no respeito pelas convicções não criminosas dos outros. A fronteira entre liberdade de expressão e a prática de crimes é traçada pela natureza e pelo grau de dano causado a direitos fundamentais como a honra, o bom nome e a intimidade. Nesse conflito, deve fazer-se um balanceamento, assegurando a máxima extensão para todos os direitos envolvidos. Nenhum direito fundamental pode ser eliminado em nome do bem comum. A liberdade de imprensa justifica-se não só pelo interesse público na informação, mas também para permitir a intervenção de cada cidadão. Sem liberdade de imprensa, não é concebível uma verdadeira democracia representativa. Em face do atentado praticado contra o ‘Charlie Hebdo’ , importa observar que a liberdade de imprensa desempenha dois papéis essenciais em relação à liberdade religiosa. Permite que as religiões e os seus críticos se manifestem e cria as condições que impedem as discriminações religiosas. Após o atentado, muit