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Mostrando postagens de novembro 27, 2009

Quatro décadas depois, Woodstock e movimento hippie ainda influenciam - Por Manoel Affonso de Mello

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“Uma vez declarada a guerra, é impossível deter os poetas. A rima ainda é o melhor tambor” defendia o dramaturgo e ensaísta francês Jean Giraudoux (1882 – 1944), que morreu no ano em que os invasores alemães foram expulsos de sua pátria. Quando acabou a guerra e não começou a paz, ante às tensões da Guerra Fria, os tambores que, no passado, cadenciavam a marcha dos soldados imprimindo a força de ataque das infantarias foram substituídos pelas guitarras elétricas que passaram a acompanhar os movimentos de contestação dos anos 1960, sobretudo entre os hippies. Estes jovens norte-americanos inclinavam-se a formas bem humoradas, mas não menos contundentes, e pacíficas, mas não inocentes, de recusar e lutar contra o horror do momento histórico que os emoldurava. Em maio de 1968, nas ruas de Paris, esse “horror”, (leia-se horror como establishment, ordem imposta) foi combatido pelas mobilizações estudantis com paralelepípedos e palavras. “A palavra é um coquetel molotov” gritava a juv

A Felicidade Paradoxal - Ensaio sobre a Sociedade do Hiperconsumo de Gilles Lipovetsky

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Numa sociedade em que a melhoria contínua das condições de vida materiais praticamente ascendeu ao estatuto de religião, viver melhor tornou-se uma paixão colectiva, o objectivo supremo das sociedades democráticas, um ideal nunca por demais exaltado. Entrámos assim numa nova fase do capitalismo: a sociedade do hiperconsumo. Eis que nasce um terceiro tipo de Homo consumericus, voraz, móvel, flexível, liberto da antiga culturas de classe, imprevisível nos seus gostos e nas suas compras e sedento de experiências emocionais e de (mais) bem-estar, de marcas, de autenticidade, de imediatidade, de comunicação. Tudo se passa como se, doravante, o consumo funcionasse como um império sem tempos mortos cujos contornos são infinitos. Mas estes prazeres privados originam uma felicidade paradoxal: nunca o indivíduo contemporâneo atingiu um tal grau de abandono. GILLES LIPOVETSKY é professor agregado de Filosofia na Universidade de Grenoble, membro do Conseil d'analyse de la societé, ór

Brasil têm quase 1,5 milhão de vagas ociosas no Ensino Superior

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O crescimento de vagas no ensino superior do Brasil foi maior do que a demanda que tinha para atender. Entre 2007 e 2008, cerca de 1.479.318 vagas não foram preenchidas no país, informou o Censo da Educação Superior, divulgado nesta sexta-feira, pelo Ministério da Educação (MEC). O número de vagas ociosas neste período de um ano cresceu 10% - 3% abaixo do registrado na pesquisa anterior, mas ainda assim considerado alto. As instituições privadas respondem por 98% dessas matrículas não efetuadas. Segundo o relatório, é necessário justificar o motivo para tamanha taxa de desocupação, uma vez que "a oferta deve refletir a capacidade instalada do setor para atender à demanda por cursos de graduação". O Censo também apresentou o índice de conclusão de curso, que está em 57,3%. Os menores índices observados em 2008 são de instituições privadas: 55,3%. Entre as públicas, a taxa é de 65%, atingindo 67% na rede federal. Fonte: http://veja.abril.com.br

Brasileiro lê um livro por ano, revela pesquisa - Por Ricardo Noblat

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Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7; ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007. O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro. fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat

O encanto dos orixás na raiz da mais genuína brasilidade - Por Leonardo Boff

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Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a umbanda, religião nascida em Niterói, no Rio de Janeiro , em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, africanos e indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas vindas dos grotões do Brasil profundo, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual. Zélio Moraes atesta a comunicação da divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos . Essa revelação tem como destinatários os destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela reforça neles a percepção da profunda igualdade entre todos, se propõe a potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegra