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Mostrando postagens de julho 15, 2015

Igreja ditadura como religiosos se tornaram maior inimigo militares - Por Igor Natusch

Saudada pela Igreja, a ditadura tomou o poder no Brasil . Mas bispos e frades ajudaram a sociedade civil a reencontrar o caminho da democracia. O golpe que lançou o Brasil em 21 anos de regime militar em 1964 encheu de euforia o coração de um presbítero de Petrópolis (RJ). Reconhecendo na “revolução” a chance de um novo país, livre do comunismo ateu que ameaçava a cristandade, o padre deslocou-se até o Rio de Janeiro com um só objetivo: dar a bênção às tropas do general Olímpio Mourão Filho, que tinham vindo desde a mineira Juiz de Fora para ocupar a Guanabara. Dois anos depois, esse religioso, chamado Paulo Evaristo Arns, foi ordenado bispo; em 1970, assumiu como arcebispo de São Paulo. Desde então, o outrora entusiasta da ascensão dos militares assumiu posição decisiva na contestação e denúncia dos crimes da ditadura. Lutou contra a tortura, liderou o histórico ato na Catedral da Sé em memória do jornalista Vladimir Herzog, criou a Comissão Justiça e Paz e abraç

Estudo analisa a pluralidade do espiritismo kardecista - Por Valéria Dias

Ao contrário do catolicismo e do protestantismo, o espiritismo kardecista é uma religião sem corpo eclesiástico definido.  Para entender as formas de autoridade existentes na doutrina, a socióloga Célia da Graça Arribas reconstruiu a história dessa religião ao longo do século 20 a fim de compor o cenário e o elenco espíritas, e como esses personagens atuaram no período.  Os dados estão em sua pesquisa de doutorado defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas ( FFLCH ) da USP . Quase 4 milhões de brasileiros se declararam espíritas no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Apesar de não ter um corpo eclesiástico definido, algumas pessoas dentro da doutrina têm o poder de ditar regras, normas e práticas que estão, muitas vezes, em contraste com as ideias originais de Allan Kardec, o decodificador da doutrina espírita” , explica a socióloga. Célia pesquisou jornais, livros e periódicos espíritas do século 20, principa