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Mostrando postagens de agosto 24, 2014

Pesquisa aponta mudança no perfil de adeptos de religiões afro-brasileiras – Por Milton Rodrigues

Um ato de violência marcou profundamente a cidade de Maceió em 1º de fevereiro de 1912. Naquele tempo, babalorixás e yalorixás foram espancados e assassinados durante o período de repressão e intolerância religiosa que pairava sobre todo o Estado. Era um período de perseguição e de medo orquestrado por uma elite econômica que disputava o poder na esfera política local. Sob o pretexto de caçar possíveis “feiticeiros” e “demônios”, milicianos armados da intitulada Liga dos Republicanos Combatentes profanaram templos e destruíram objetos de cultos sagrados. O evento ficou conhecido como “Quebra de Xangô” e marcou negativamente o nosso estado. Por anos essas religiões foram perseguidas e suas práticas banidas. A intolerância nunca deixou de existir, mas em pleno século XXI, a balança que pendia para a injustiça de uma população marginalizada religiosamente talvez esteja sendo equilibrada. A nova “quebra”, agora se traduz no fim de um padrão e de um possível estereotipo

Religião na Cidade - Por Paulo Mendes Pinto e Fernando Catarino

Recebemos recentemente no e-mail da área de Ciência das Religiões, uma mensagem que é muito semelhante a tantas outras que nos vão chegando.  Nela, depois das apresentações habituais, vinha o pedido de alguém que não conseguia rezar e que, por isso, resolveu contactar-nos para aferir se nós lhe poderíamos dar uma ou duas “fórmulas”, leia-se “orações”, para poder estabelecer a sua (re-)ligação ao transcendente. Não sendo essa a nossa função (estudamos religiões, não as ensinamos enquanto prática ou fé), obviamente reflectimos sobre a questão. Não é o caso concreto deste e-mail que nos leva a escrever esta crónica, é sobretudo o que está por trás deste e de outros e-mails semelhantes e que nos mostram uma quebra, por vezes traumática, entre o dia-a-dia, a individualidade vivida no que de específico cada um tem, e um sentido de transcendente muitas vezes comum através de laços culturais.  Perdidos os elos, as identidades, desaprendidos os ritos e as orações, cria-se por vez

Kátia Abreu: "Marina fez da questão ambiental uma religião" – Por José Fucs

A líder do agronegócio diz que a candidata do PSB sempre tratou o setor com agressividade e elogia a presidente Dilma: “Criei uma interlocução com ela”.  A senadora Kátia Abreu ( PMDB-TO ) é uma das principais porta-vozes do agronegócio. Sua atuação no Congresso em defesa do novo Código Florestal, aprovado em 2012, e contra a criação de áreas de preservação sem dotação orçamentária a aproximou da presidente Dilma Rousseff e despertou contra ela a ira dos ambientalistas.  Segundo Kátia, a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, indicada como candidata a presidente pelo PSB na semana passada, sempre tratou o agronegócio com antipatia e terá dificuldades para manter o apoio conquistado pelo ex-governador pernambucano Eduardo Campos no setor. “Infelizmente, perdemos Eduardo, e agora Marina é candidata”, diz Kátia. ÉPOCA – O agronegócio nunca teve boas relações com a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva e vice-versa. Como a senhora vê a confirmação da candidatura de Ma

Padre, pai de santo, espírita e pastor falam sobre verba pública gasta em shows – Por Elverson Cardozo

A polêmica em torno da Quinta Gospel, evento da Prefeitura de Campo Grande , realizado por meio da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) , “deu pano para manga”, chegou a outros Estados, fez o Ministério Público entrar na história, gerou debate, revolta e muita citação ao Estado Laico, que preconiza um país de posição neutra no campo religioso e que prevê, acima de tudo, liberdade de crença religiosa aos cidadãos, além de proteção e respeito às manifestações religiosas. Na interpretação de muita gente, os vetos da Fundac às solicitações de artistas espíritas e seguidores da umbanda, por exemplo, configuram um erro grave e representam uma violação a essa garantia constitucional. O certo, dizem alguns em seus argumentos, seria “repartir o pão” , investindo em shows evangélicos, católicos, de artistas espíritas e por aí vai. Outros, no entanto, pregam que dinheiro público não deve, de maneira alguma, ser aplicado em nenhum evento religioso porque converter contribuintes nã