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Mostrando postagens de abril 20, 2015

O poder da blasfêmia – Por Mario Vargas Llosa

Ayaan Hirsi Ali continua sua campanha contra o fanatismo e a estupidez que maculam nosso tempo e o enchem de cadáveres, convencida de que a sensatez e a razão acabarão por se impor. É quase um milagre que Ayaan Hirsi Ali, uma das heroínas de nosso tempo, ainda esteja viva. Os fanáticos islâmicos quiseram acabar com ela e não conseguiram, e não é impossível que continuem tentando, pois se trata de um dos mais articulados, influentes e determinados adversários que eles têm no mundo. Talvez tanto quanto suas ideias e sua coragem, seja seu exemplo o que atiça o ódio dos militantes da Al Qaeda , o Estado Islâmico e demais seitas fundamentalistas do Oriente Médio e da África contra ela.  Porque Ayaan Hirsi Ali é uma demonstração viva de que, não importa quão estritos sejam a doutrinação e a opressão exercidas sobre um ser humano, o espírito rebelde e libertário sempre é capaz de romper as barreiras que se empenham em subjugá-lo. Hirsi Ali nasceu na Somália, em uma família

Meta do ateísmo militante é libertar o homem do sobrenatural - Por Francisco Marshall

Richard Dawkins hoje reina entre os ateístas, por sua defesa vigorosa do pensamento científico e pela crítica humanista aos enganos da religião.  O pensador inglês tem a seu favor o lastro de milênios de pensamento crítico e o vigor de argumentos necessários para a civilização. A meta é a emancipação do humano diante do que ele mesmo criou, uma rede de representações do mundo sobrenatural, onde habitariam deuses e de onde comandariam a vida na Terra e no além. Emancipado, o indivíduo moderno pode chamar de ficção cultural o que bilhões de pessoas chamam de Senhor, e pode fundar sociedades sobre valores de liberdade, de tolerância e de consistência moral e jurídica. Minoritários, os ateus parecem exóticos, e a crença em divindades, natural. Isto obriga os ateus a manter um arsenal de argumentos, certa vigília e, eventualmente, atitude de combate, o que aborrece crentes e produz nova safra de desentendimentos. Sem a galhardia dos céticos, agnósticos e ateus, porém, pouco sabe

Saints & Strangers" será a próxima minissérie de ficção dos canais National Geographic

O National Geographic Channel anunciou o início da preprodução de "Saints & Strangers" , uma minissérie de ficção em quatro partes sobre a fundação daquilo que hoje são os Estados Unidos da América. Indo para lá do relato comum da história da América, a série tem como objetivo revelar os dramas e dificuldades por que passaram os primeiros colonos: 101 homens, mulheres e crianças que viajaram no navio Mayflower para uma terra desconhecida. Metade destes "peregrinos" eram separatistas religiosos que deixaram as suas vidas para poderem praticar a sua religião e criar uma sociedade baseada nos seus valores. A outra metade, era composta por aventureiros, sobretudo homens solteiros em busca de fortuna fácil, ou criminosos que procuravam escapar às suas antigas identidades. Estes dois grupos, o espiritual e o mercenário, continuam a definir o caráter dos EUA , nos dias de hoje. Ambos evidenciam coragem e crenças fortes, mas também fanatismo, racismo