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Mostrando postagens de setembro 5, 2014

Deus é voto – Por Ricardo Mariano

Depois de quase um século sem se fazer notar, a mistura de religião com política hoje é essencial para o debate democrático. Em sua reta final, a eleição de 2012 para a prefeitura de São Paulo se transformou em debate religioso.  A discussão em torno da descriminalização do aborto e a distribuição de kits informativos contra a homofobia, criados pelo Ministério da Educação , tornaram-se armas eleitorais importantes e forçaram os candidatos José Serra e Fernando Haddad a pisar em ovos para não se arriscarem a perder votos nem dos religiosos nem dos progressistas.  Na disputa do primeiro turno, a candidatura do apresentador da Rede Record Celso Russomanno, filiado ao Partido Republicano Brasileiro ( PRB ), ambos, rede televisiva e partido, são da Igreja Universal do Reino de Deus , foi criticada por instrumentalizar eleitoralmente a religião e por estar a serviço de um conglomerado religioso e empresarial. Até o final da década de 1970, os pentecostais, de modo geral,

Decapitações, crucificações, execuções sumárias: o horror imposto pelos jihadistas no Iraque e na Síria

Selvageria do EIIL afastou até mesmo a Al Qaeda. Grupo que está desintegrando o território iraquiano é alvo de ataques aéreos dos EUA. Nem mesmo crianças são poupadas da fúria selvagem dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).  O avanço do grupo terrorista obrigou os Estados Unidos a atacarem o território iraquiano pela primeira vez desde a retirada das tropas, em 2011. Execuções sumárias, decapitações, amputações e crucificações compõem um modus operandi de brutalidade incomensurável, que faz empalidecer até mesmo a violência da  Al Qaeda.  Ao ordenar a ação, o presidente Barack Obama mencionou a necessidade de ajudar a minoria yazidi, que foi encurralada pelos terroristas em regiões montanhosas de Sinjar, onde estão morrendo de fome e sede. Essa minoria segue uma religião pré-islâmica que o EIIL vê como ‘demoníaca ’.  “Crianças estão morrendo de sede, enquanto isso, o EIIL pede a destruição sistemática de toda a população yazidi, o que con

Apesar da maioria católica no país, quem lidera nas eleições são os evangélicos – Por Gisele Motta*

O  Brasil  é um país predominantemente católico: quase 65% da população se autodeclara católica segundo pesquisa do IBGE.  Em termos numéricos, são 123 milhões de católicos, sendo assim o país como um dos mais católicos no mundo.  O Rio de Janeiro segue a linha, com 56% dos fluminenses se autodeclarando católicos. Apesar desses números, os candidatos que se sobressaem nessa eleição são justamente os evangélicos.  Para especialistas, Além do número de católicos ser superestimado pela famosa ideia de “católico não praticante” , existe um alinhamento dos setores mais conservadores da sociedade, sejam eles evangélicos, católicos, cristãos ou não. O  Rio de Janeiro apresentar o maior percentual de evangélicos em todo país, com quase 22% dos cidadão se autodeclarando como tal. Ainda assim, com católicos predominantes, os candidatos mais bem colocados para o governo do  Rio de Janeiro  são evangélicos.  Garotinho e sua esposa, Rosinha Garotinho, são declaradamente evangéli

Lei Geral das Religiões segue sem definição

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 160/2009 , conhecido como Lei Geral das Religiões , tem novo relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) , mas a polêmica proposta não deve ser definida antes das eleições de outubro.  O texto é uma reivindicação de denominações religiosas, especialmente as evangélicas, para garantir isonomia com a Igreja Católica. O projeto foi apresentado em 2009 na Câmara, pelo deputado George Hilton ( PRB-MG ), depois que o governo brasileiro assinou, em 2008, um acordo com o Vaticano , criando o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no país. No Senado , foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) em 2010 e seguiu para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) , onde ficou parado até 2013.  Após a aprovação na comissão, o texto ainda teria de passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) , mas foi encaminhado ao plenário por acordo entre líderes, após apelo de parlamentares favoráveis. Como não foi votado, voltou para a CAE, on