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Mostrando postagens de janeiro 28, 2014

USP incorpora dimensão espiritual a tratamento médico

O exercício da medicina e a formação dos médicos raramente levam em consideração aspectos como religião e espiritualidade no contato com os pacientes.  Isso apesar da lida diária desses profissionais com a saúde humana, o que com frequência é sinônimo de lidar com o sofrimento alheio, a dor e a morte. Para o psiquiatra Frederico Camelo Leão, independentemente das crenças pessoais do médico, ele deve estar preparado para lidar com a dimensão espiritual.  "O paciente demanda isso" , afirma o pesquisador da Faculdade de Medicina da USP. O Dr. Leão coordena o Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (ProSER), iniciativa que busca compreender a relação entre esses três fatores a partir de atividades de pesquisa, ensino e assistência terapêutica. Segundo o médico, a complexidade do ser humano e a saúde mental vão muito além das questões neuroquímicas e é essa premissa que guia o programa. Espiritualidade e saúde A ideia não é que a espiritualida

Oito novos mandamentos - Por RLopes

Uma das minhas reportagens recentes nesta Folha contou as principais conclusões do fascinante livro: “Big Gods” ( “Deuses Grandes” ), escrito pelo psicólogo canadense de origem libanesa Ara Norenzayan.  O livro é um dos panoramas mais completos e bem escritos que conheço dos estudos científicos sobre a psicologia da crença religiosa e, mais especificamente, sobre como religião e comportamento ético estão (ou não) entrelaçados.  Resumindo a ópera, Norenzayan argumenta que deuses como o Deus judaico-cristão, preocupados com noções de certo e errado, foram ferramentas importantes para cimentar a cooperação em sociedades complexas, como a nossa e como quase todas as que surgiram após o aparecimento da agricultura. O livro é riquíssimo e consideravelmente grandinho, daí o fato de eu não ter conseguido explorar muita coisa interessante de seu conteúdo na reportagem.  Por sorte, o blog está por aqui, então vamos estar destacando (como diz aquela moça do telemarketing) alg

Aula Magna UMESP

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O rio e o índio

Quando vai à pesca, o índio leva cultura e tradição, que o Museu da Amazônia ‘fisgou’ e apresenta em mostra que aborda relação vital e sagrada entre rio e homem. No coração da floresta amazônica , a relação do homem com o rio é de estreita dependência. Entre os índios, é da pesca que vem o principal alimento da tribo, e o caráter ritual dessa prática e o respeito à natureza associado a ela se refletem na tradição indígena.  Esse vínculo é apresentado na exposição:  'Peixe e Gente' , organizada pelo Museu da Amazônia , em Manaus , e que reúne armadilhas, utensílios de cozinha, mapas e até registros de lendas mitológicas que jogam luz sobre essa proximidade vital e sagrada.    A exposição tem como foco a relação essencial e sagrada entre os indígenas e a pesca A mostra se debruça sobre as crenças e os hábitos das etnias indígenas Tuiuca e Tucano , habitantes do alto rio Negro, na região amazônica. Os indígenas abriram suas portas e ajudaram na concepção e mont

'Cantando a Gente Se Entende' reúne diversas religiões na Cinelândia – Por Bruno Sette

O evento "Cantando a Gente Se Entende" reuniu fiéis e líderes de diversas religiões na última sexta-feira, 24, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro , realizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) , encabeçada pelo babalaô Ivanir dos Santos. Visando romper barreiras e diminuir o preconceito entre religiões, a cerimônia contou com diversas apresentações das mais variadas denominações religiosas e culturais, como o Coral Ecumênico Religião de Deus , apresentações de dança cigana, cânticos hare krishna e os ogãs Taina e Tião Casemiro entoando canções afrorreligiosas com uma pitada de jazz, samba e MPB, além da inédita participação do Grupo Afro Gospel, da igreja neopentecostal A Voz de Deus . Conhecida pela intolerância para com outras religiões, a denominação cristã neopentecostal reuniu-se pela primeira vez ao evento em 14 anos. Junto de seus fiéis, o pastor de origem nigeriana Ayo Balogun esteve presente no "Cantando a Gente Se Entende

Lucro sem divisão é crime no islamismo – Por Simone Kafruni e Francelle Marzano

Religião impede aplicação no mercado financeiro se ganho não for repartido com os pobres. Segunda maior religião do mundo e a que mais cresce em número de fiéis, o islamismo ainda está distante do cotidiano da maioria dos brasileiros. É também a segunda religião cuja relação com as finanças é abordada na série: “Dinheiro e fé” , que o  Estado de Minas  publica desde domingo.  Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, num país de quase 200 milhões de habitantes, apenas 40 mil se declaram muçulmanos, apesar de as entidades islâmicas assegurarem a existência de 1,7 milhão de seguidores em terras nacionais. Tamanha divergência dá a dimensão da disparidade nas informações em torno do islamismo no Brasil, sobretudo quando o assunto é dinheiro, um tabu entre os seguidores. Por princípio, a economia da fé muçulmana é bem distinta das demais religiões.  O pressuposto básico da comunidade islâmica (Ummah) diz que os bens não são apenas para o c

Estrasburgo ganha museu do vodu africano

Museu tem cerca de 220 peças vindas do Golfo da Guiné.   Ele é único no mundo, segundo os responsáveis. A cidade francesa de Estrasburgo ganha neste mês de janeiro um Museu do Vodu, centrado neste ritual africano, tornando-o, segundo seus responsáveis, o "único no mundo". O museu está localizado em um depósito de água do século XIX totalmente restaurado e inclui cerca de 220 peças relacionadas ao vodu, das mais de mil que Marc Arbogast reuniu ao longo de 50 anos de viagens ao Golfo da Guiné. Apaixonado pela África Ocidental, Arbogast começou aos 21 anos a ir anualmente à África para caçar leões. Lá, recolhia máscaras e fetiches vodus do solo, depois que os africanos foram obrigados pelos missionários brancos a abandonarem os objetos. "Em uma das minhas viagens tive uma terrível dor em um dos pés. Um sacerdote vodu aplicou algumas ervas e realizou um ritual. Poucos dias depois, a dor desapareceu. Eu não acredito nisso, mas existe algo...", lemb

Premiado filme "Descalço sobre a terra vermelha": a vida do bispo dos pobres

A minissérie espanhola “Descalzo sobre la tierra roja” (Descalço sobre a terra vermelha), do cineasta catalão Oriol Ferrer, ganhou dois prêmios FIPA de Ouro na  27ª edição do Festival Internacional de Programas Audiovisuais de Biarritz (sudoeste da França). A minissérie, de dois episódios, conta a vida do bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, e sua luta em favor dos pobres e sem-terra do Mato Grosso, MT.  O papel do missionário catalão foi interpretado por Eduard Fernández, premiado como melhor ator. O outro reconhecimento ao filme foi pela melhor trilha sonora original; e de modo especial, o júri elogiou a música composta por David Cervera. A série foi co-produzida pela TVC, TVE, Minoria Absoluta, Raiz Produções Cinematográficas e TV Brasil. O Festival Internacional de Programas Audiovisuais (FIPA) reconhece e defende a criação audiovisual internacional: ficção, séries, documentários, grandes reportagens, etc.  O prêmio FIPA de Oro da m

Comarca de Colniza discute assistência religiosa em cadeia

A diretoria do Fórum da Comarca de Colniza (1.065 km a noroeste de Cuiabá ) realizou, na segunda-feira (27 de janeiro), uma reunião com líderes religiosos e o diretor da Cadeia Pública local, com o objetivo de ampliar as ações das igrejas dentro da unidade prisional para assegurar a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos. Participaram da reunião representantes da Associação Espírita Francisco Cândido Xavier e igrejas Assembleia de Deus, Assembleia Madureira, Batista Emanuel, Cristã do Brasil, Quadrangular e Católica. O juiz Renato José de Almeida Costa Filho, diretor do Fórum da Comarca , esclareceu aos presentes que é permitido aos presos participarem de atividades religiosas dentro da unidade e que a participação das igrejas é importante no processo de ressocialização. “É necessária a participação ampla das diversas igrejas como forma de garantir o direito constitucional fundamental, que prevê a liberdade de crença e o livre exercício dos cult