Computador vira ferramenta de ensino para pais e professores

Escola pública usa computador em aulas. Pais acompanham desempenho dos filhos graças à informática.


Ainda que pouco a pouco o computador está entrando nas salas de aula das escolas brasileiras. Dona baratinha, versão digital, tem dinheiro na caixinha e aparece na telinha. A criançada recebe duas aulas no espaço de uma: o português da dona baratinha e o caminho das pedras do computador. De clique em clique, o mundo se revela. A sede é grande. Mas aula na sala do computador é só uma vez por semana. E tudo isto numa escola pública, num município a 60 km de São Paulo. Campo Limpo Paulista é cidade dormitório, mas a prefeitura quer transformá-la em pólo tecnológico. Começou por preparar as crianças. “A única indústria hoje que ocupa uma área pequena, traz valor agregado e contrata empregos com bons salários é a área de TI (tecnologia da informação)”, disse o prefeito de Campo Limpo Paulista, Armando Hashimoto. Mesmo que as empresas não cheguem, Campo Limpo Paulista já fez um upgrade na educação pública. Num teste do Ministério da Educação (MEC), aplicado em 2005, a turma conseguiu notas acima da média paulista e brasileira em português e matemática. O computador bota a criançada nas nuvens. E ensina coisas bem pé-no-chão. Na outra ponta da realidade escolar e econômica tem mais computador ainda. Em uma das escolas mais caras de São Paulo, um notebook é colocado à disposição do aluno sempre que o professor requisita. Pela rede sem-fio, o professor de história, no computador dele, enxerga e corrige o texto de cada aluno da classe. “Não precisa aquela coisa do caderno de você copiar tudo de novo, passar à limpo. Facilita muito a minha vida”, disse o estudante Daniel Correia de Lima, de 14 anos. “Eu acredito que o computador amplia o teu universo. Então nós usamos aqui ferramentas de correção de texto. O professor pode fazer mais intervenções no texto. Pode ir com mais agilidade”, disse o professor de história Roberto Catelli Júnior. Computador é mão na roda na aula de matemática. A tela do notebook dá forma às formas. “Eu faço questão de trabalhar com softwares que sejam totalmente livres, porque eu acho que o aluno tem que ter acesso a esse software na casa dele, em qualquer lugar, em qualquer máquina que ele for acessar”, disse a professora de matemática Janice Rocha. Mas a informática na educação não é só questão de classe. O computador vira ferramenta educacional ainda mais poderosa quando pais e filhos usam a máquina e suas conexões para estudar juntos, mesmo que um esteja em casa e o outro, no serviço. A professora Elizete Stricagnolo passa o dia na escola. Mas, quando chega em casa, confere via internet o desempenho de duas alunas muito especiais. Primeiro, Marina, a filha de 13 anos. Depois, a mãe exigente checa o trabalho da caçula amanda, 5 anos, uma fera no mouse. No mundo digital, há muito espaço para criar. Inclusive os filhos.


Fonte: http://g1.globo.com

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