Arquitetura, História e Religião no Mato Grosso do Sul


No dia 23 de outubro, às 20 horas, o livro “A História da Arquitetura de Mato Grosso do Sul: origens e trajetórias”, de Ângelo Arruda, será lançado no Museu de Arte Contemporânea (Marco), dentro das comemorações dos 30 anos de instalação do estado.


Apoiado pelo Fundo de Investimentos Culturais, da Fundação de Cultura de MS, o livro é resultado de pesquisas realizadas desde 1995 até 2004. “A História da Arquitetura de Mato Grosso do Sul: origens e trajetórias” tem por conteúdo o aprofundamento do conhecimento da realidade da história da arquitetura do Estado a partir da sua evolução histórica e da identificação dos edifícios existentes nas cidades mais antigas de Mato Grosso do Sul – Corumbá e Forte Coimbra, Miranda, Paranaíba, Nioaque, Coxim, Campo Grande, Ponta Porá, Dourados e Campanário, Rio Brilhante, Maracaju, Bela Vista, Porto Murtinho, Ladário, Aquidauana, Anastácio, Terenos, Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas.
O autor explica que trabalho foi desenvolvido com uma metodologia investigativa iniciando pelas fontes documentais relacionadas nas referências bibliográficas. Posteriormente foram feitas visitas a arquivos históricos e de documentos – no Rio de Janeiro, o Arquivo Histórico do Exército e a Biblioteca Nacional; em Cuiabá, no Arquivo Público de Mato Grosso; em Campo Grande no Arquivo Público Estadual e no Arquivo Histórico de Campo Grande; em Corumbá no Instituto Luís Albuquerque (ILA), dentre outros locais.

Ângelo Marcos Vieira de Arruda é presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, de 2004 a 2007 e 2008-2010 e professor pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Publica artigos para imprensa e já escreveu diversos livros, como ““Parcelamento do Solo Urbano em Campo Grande: visão crítica e roteiro legal”; "Arquitetura em Campo Grande”, com Gogliardo Vieira Maragno e Mário Sérgio Sobral Costa; “Almanarq: dicas úteis para os arquitetos e urbanistas”, com Kelson Senra e Eneida Hoelz; “Arquitetura e Urbanismo em Campo Grande na década de 30 e Pioneiros da Arquitetura e da Construção em Campo Grande”, entre outros. Ele também é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, do Conselho Curador da Fundação Contar e foi Assessor Técnico de Arquitetura da Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo, do Conselho Regional do Centro de Campo Grande e Secretário Geral da ONG FERROVIVA.

“A Planta do Presídio de Miranda, do final do século XVIII, é uma das raridades que apresento aos leitores, ainda não publicada em nenhum livro ou revista; outra é o desenho imaginário da cidade de Santiago de Xerez, que existiu no nosso território mas ao não se ter registro dela fica sempre uma estranha sensação no ar de uma “Atlântida do Mato Grosso do Sul”; outras surpresas são as belas fotos de Rachid Waqued – viajamos juntos por 21 cidades e Forte Coimbra e apresentamos um belo catálogo de fotos das cidades históricas”, destacou o autor, informando que o livro está apresentado em quatro capítulos. O primeiro, “A conquista do território”, desde o século XVI, cuida dos primórdios, dos índios, de Itatim, de Santiago de Xerez, da arquitetura militar e das fortalezas de Miranda e Corumbá. O segundo capitulo traça “A ocupação do espaço regional”, falando de cidades, arquitetura urbana e rural no século XIX e início do século XX, e descrevendo ainda a arquitetura das primeiras cinco cidades mais antigas. O terceiro capítulo, “A abertura de novos cenários” fala das arquiteturas da erva-mate e ferroviária no início do século XX. Por fim, “Território e arquitetura do estado” fala de como o ecletismo e a art déco se manifestam nas arquiteturas do século XX, que cuida da arquitetura urbana das cidades mais antigas do século XX. Há ainda um capítulo inédito na historiografia que trata da Arquitetura Religiosa do Estado e dá conta de discutir os edifícios católicos de MS. Ao seu final, o livro aborda o contexto histórico da formação do território de Mato Grosso do Sul com uma análise dos antecedentes de sua formação territorial passando pela historiografia dos municípios visitados e outros incluídos para construir a história da arquitetura de Mato Grosso do Sul.

O trabalho gráfico e de produção esteve por conta da Jornalista Marília Leite; o prefácio é do Prof. Dr. Nestor Goulart Reis Filho, da USP; a revisão do livro ficou a cargo de Sandra Mara Freitas Jorge Vieira e a publicação é apoiada pelo Governo do Estado de MS, por meio da Fundação de Cultura de MS e a impressão pela Gráfica e Editora Alvorada. São 200 páginas em cores, edição de luxo, com capa dura e caixa-box para a guarda do livro, com apresentação do Governador André Puccinelli e de Américo Calheiros.



Fonte: http://www.pantanalnews.com.br/ [com adaptações]

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