História das Religiões da Amazônia


O historiador Aldrin Figueiredo lançou na quinta-feira, dia 1º de outubro, às 19h, no Instituto de Artes do Pará, o livro “A cidade dos encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia, 1870-1950”.
A obra reconta a história das religiões amazônicas, especialmente sobre a crença nos encantados, e como essas manifestações se tornaram o tema predileto de antropólogos e historiadores da região desde o século XIX até meados do século XX.
O livro traz, ainda, a história de vida de muitos pajés e pais de santo que ficaram famosos na Belém da Belle Époque e no interior do Pará, como eram seus rituais de cura e também como disputaram espaço com a chamada medicina científica no cotidiano das cidades. “A publicação é, ao mesmo tempo, um estudo de história cultural das práticas religiosas na Amazônia e um exercício aprofundado de leitura das mais eminentes gerações de intelectuais que estudaram essa temática ao longo dos últimos 150 anos”, explica o autor.

“A cidade dos encantados” refaz as duas mais importantes genealogias de estudos sobre as religiões afro-amazônicas: a primeira, dedicada aos estudos da pajelança indígena e cabocla, desde José Veríssimo, na década de 1870, até a obra de Eduardo Galvão, na década de 1950; a segunda, dedicada aos estudos sobre as religiões de matriz africana (em especial a chamada Mina do Pará), com as pesquisas pioneiras de Mário de Andrade e Oneyda Alvarenga, entre os anos de 1920 e 1950, até as obras de Vicente Salles, Napoleão Figueiredo e Anaíza Vergolino, nas décadas de 1960 e 1970.

Sobre o autor:
Aldrin Moura de Figueiredo é doutor em História pela Unicamp, professor da Faculdade de História da UFPA, coordenador do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia. Dedica-se a estudos sobre artes plásticas e literárias na Amazônia nos séculos XIX e XX, sobre memória e acervos da imigração estrangeira na Amazônia , sobre diáspora cultural africana na Amazônia e sobre a história social da intelectualidade amazônica (séculos XVIII-XX).


Fonte: http://www.planetauniversitario.com

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