Afro-descendência é tema de debates – Por Maurício Vieira


Palestras, oficinas, músicas, exibição de filmes, exposições e culinárias. Durante cinco dias, alunos de escolas quilombolas de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, e sociedade civil participarão da I Semana da Consciência Negra. O tema para a primeira edição do evento engloba a diversidade étnico-cultural de Aquiraz e os aspectos que marcam a brasilidade no município, como a miscigenação. O evento será realizado a partir da próxima segunda-feira, dia 16, com início marcado para as 15 horas, com o encerramento na sexta-feira, 20. O local será no anexo do Museu Sacro São José de Ribamar, na Praça Cônego Araripe. O evento tem o objetivo de incentivar professores de diversas modalidades a incorporar práticas pedagógicas e conteúdos de História da África e Cultura Afro-Brasileira nas escolas. Além disso, proporcionar discussão sobre a historiografia mais recente em relação à Escravidão no Brasil, criar um espaço para as discussões e ações sobre as comunidades quilombolas, desenvolver ações que sensibilizem e aproximem a população, valorizar a cultura afro-brasileira, estimular o reconhecimento da corporeidade africana em várias situações do cotidiano e possibilitar a integração artística. De acordo com a presidente da Associação dos Amigos do Museu de Aquiraz (Aama) e historiadora, Simone Souza, abordar a afro-descendência é retratar a diversidade do País. A programação inclui apresentações e feiras culturais na Escola de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) José Raimundo da Costa, na comunidade de Lagoa de Ramos e Goiabeiras. A I Semana da Consciência Negra do município de Aquiraz é uma promoção da Associação dos Amigos do Museu de Aquiraz (Aama), Prefeitura Municipal de Aquiraz, por meio da Secretaria de Educação e da Secretaria de Turismo e Cultura, com apoio do Museu Sacro São José de Ribamar e do Governo do Estado do Ceará.



Mais Informações:

I Semana da Consciência Negra
16 a 20 de novembro – Aquiraz
Museu Sacro São José de Ribamar
(85) 3361.2536


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Imagem
Seminário internacional na Jamia Millia Islamia (A Universidade Central), Nova Deli, Índia. "Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública: Comparando Experiências indianos e europeus, com especial referência aos muçulmanos Minorias". A conferência terá lugar 10-12 de fevereiro de 2010. O objetivo principal do seminário, que reunirá importantes estudiosos de diferentes partes do globo, é proceder a uma análise comparativa das perspectivas de indianos e europeus e as políticas de lidar com as questões relacionadas com as minorias religiosas, especialmente às suas populações muçulmanas. A Europa enfrenta os novos desafios da diversidade cultural e religiosa. Imigrantes muçulmanos constituem o aspecto mais importante desta diversidade. O Multiculturalismo emergiu como um discurso dominante para lidar com esse desafio. A Índia tem vivido historicamente com a diversidade cultural e religiosa, mas enfrenta novos desafios na gestão dessa diversidade desde
Leia mais

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo) , em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) , comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar.  O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”. Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP . Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos.  “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão” , afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. Segundo o cientista, durante seu mestrado foram investig
Leia mais

A fé que vem da África – Por Angélica Moura

Entenda os cultos brasileiros inspirados em rituais que atravessaram o Atlântico. Os 3,5 milhões de africanos que vieram para o Brasil como escravos ao longo de 300 anos deixaram marcas profundas. Uma das heranças mais marcantes desse encontro é a religiosidade de origem afro. Ao desembarcar em estados tão distantes entre si como Maranhão, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul , os escravos criaram diversos novos nichos da religião originada do outro lado do oceano Atlântico. Os africanos acreditam que o mundo é constituído de forças. Tudo e todos, sejam seres vivos ou inanimados, possuem uma força vital (chamada de "ntu" pelo povo bantu, originário da África subsariana, e "axé" pela nação ioruba, vinda da região de Nigéria, Benin e Guiné ).  De acordo com essa fé, os seres humanos podem manipular essas forças. Graças à mediunidade, eles estabelecem a comunicação entre a força visível (o homem) e a força não visível (os or
Leia mais