Entre etnias e religiões – Por Solange Rangel



O planeta evoluiu e o que ficou nele foi uma sociedade multicultural, sem fronteiras, sem conflitos étnicos.

Foi assim que Rony Meisle, Fernando Sigal e Diogo Mariani, da Reserva, se inspiraram para criar. Num protesto pelo entendimento de diferentes etnias e religiões, eles misturam elementos da cultura judaica com africana, apostando numa estética utilitária, quase militar, mas cheia de referências hippie e pautada sempre pelo streetwear contemporâneo.

A silhueta é bem confortável. Daí as calças sarouel volumosas – algumas amplas por completo, outras afunilando na pernas –, as camisetas de tecidos leves e com modelagem relaxada, os tricôs de tramas amplas com aspecto artesanal e os macacões folgadões.

Kipás e Tsitsits (medalha da estrela de Davi) dão conta dos acessórios em referências mais literais ao judaísmo, enquanto as cores vivas dos tricôs volumosos, estampas tribais e acabamentos artesanais traduzem os elementos da cultura africana. O preto, ou variações dele, predomina.

Primeiro pontuado por peças de cores fortes, como nos tricôs, hoddies e estampas tribais. Em seguida, o preto passa a dividir espaço com peças brancas, onde também aparecem tie-dyes de tonalidades quase fluorescentes e também os tecidos sintéticos.

Esses dois continuam quando a coleção ganha ares mais urbanos com tons de cinza e preto, onde os tie-dyes, também escurecidos, ficam com uma pegada mais tecnológica e moderna. Destaque aqui também para as peças resinadas, como no cardigã listrado, e também para estampas aurora-boreal.

Fonte: www.gazetadosul.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura