Saúde: Inquérito para aferir consciência dos profissionais sobre dimensão terapêutica da espiritualidade em Portugal


O coordenador nacional das Capelanias Hospitalares anunciou hoje a realização a curto prazo de um inquérito nacional para perceber a consciência que os profissionais de saúde têm da dimensão terapêutica da espiritualidade. “Vamos pedir a curto prazo a uma universidade do Estado que faça uma investigação a nível nacional junto de todos os profissionais de saúde para avaliar qual é a percepção que existe em Portugal relativamente à prática dos serviços religiosos hospitalares”, revelou o padre José Nuno.

Em Fátima, onde decorre a IV Assembleia Nacional de Capelães e Assistentes Espirituais Hospitalares, o responsável declarou que o objectivo do estudo, que vai ser feito junto de médicos, enfermeiros, auxiliares, assistentes sociais ou psicólogos, quer ainda aferir “o valor terapêutico da espiritualidade no processo da prestação dos cuidados de saúde”. “A minha experiência pessoal diz que existe essa consciência, mas o que precisamos é de a conhecer com exactidão, para além da simples percepção que a experiência consente”, disse, salientando ser “importante” passar do “conhecimento empírico”.

Acreditando que o resultado vai trazer novidades “à reflexão, ao discurso e à acção” dos hospitais, do sistema de saúde e até da própria Igreja Católica, o responsável adiantou que numa segunda fase prevê-se um inquérito dirigido aos doentes que usufruíram da assistência espiritual e religiosa para “saber qual a percepção que tiveram” assim como as queixas deste serviço. Na assembleia de hoje está ainda em discussão a elaboração de regulamentos internos, obrigatoriedade que consta na nova regulamentação da assistência espiritual e religiosa nos hospitais, publicada a 23 de Setembro último. O responsável manifestou o desejo de que a aplicação do diploma “se faça com incentivos positivos por parte do Ministério da Saúde no sentido de evitar que problemas tão comezinhos, mas graves, como restrições financeiras, impeçam a contratação dos agentes de acompanhamento espiritual e religioso que é necessário”.

Fonte: http://www.correiodominho.com

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