Campanha da Fraternidade critica o mundo capitalista - Por Alexandre Araujo

Católicos de Ouro Preto do Oeste lotaram a Igreja Matriz para assistir a celebração eucarística de lançamento da Campanha da Fraternidade 2010, o ato litúrgico foi dirigido pelo padre Silvio que pediu para que os fieis façam uma profunda reflexão sobre o mundo capitalista que vivemos.



 
A Campanha da Fraternidade faz parte do calendário anual da Igreja no Brasil. Promovida pela CNBB, procura inquietar a sociedade com reflexões sobre temas sociais, especialmente aqueles que estejam prejudicando a vida fraterna.

Neste ano de 2010, novamente será ecumênica isto é, assumida, também, por outras igrejas cristãs. O tema escolhido para a CF 2010 foi: Economia e vida; e o lema: Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6,24).

Seu objetivo geral é o de unir as pessoas de boa vontade na promoção de uma economia que esteja a serviço da vida. Seus objetivos específicos são denunciar a perversidade de um modelo econômico que visa, em primeiro lugar, ao lucro; educar para a prática de uma economia de solidariedade, valorizando a vida como o bem mais precioso; e conclamar a sociedade para a implantação de um modelo econômico que respeite o ser humano.

São objetivos ousados. Mas como não ser ousados diante das injustiças que nascem de uma economia em que o lucro está em primeiro lugar e o ser humano não passa, muitas vezes, de um “produto”? Como ficar indiferentes diante de uma “máquina” econômica que gera desigualdades, miséria, fome e morte? Há os que perguntarão: tem sentido as igrejas cristãs tratarem de um tema como esse? Não haveria temas mais “religiosos”?

Tudo o que é importante para o ser humano é importante para o Evangelho. Por isso é que Jesus se preocupou não somente com temas ditos “religiosos”, mas também com a fome, com as doenças e as injustiças. Ao advertir que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, Cristo deixou claro que os problemas de nosso mundo têm como causa a ganância e o egoísmo. A solução desses problemas está, pois, em nossas mãos.




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