Cristãos de todo mundo comemoram Natal



Milhões de cristãos comemoraram o Natal em todo o mundo neste domingo, dia da tradicional mensagem papal "Urbi et Orbi". A data foi marcada, contudo, por atentados mortais contra igrejas na Nigéria.

Em um dia de sol, com temperaturas relativamente elevadas para essa época do ano, milhares de pessoas se reuniram na praça São Pedro, no Vaticano, para ouvir a mensagem do Papa e um "Feliz Natal" em 65 idiomas. Sábado à noite, na Missa do Galo, Bento 16 pediu o fim da violência na Síria e solidariedade aos povos do Chifre da África.


Franceso Sforza/France Presse
Papa dá sua tradicional bênção "Urbi et Orbi" no Vaticano, em um dia marcado por atentados nas igrejas católicas da Nigéria
Papa dá a tradicional bênção "Urbi et Orbi" no Vaticano, em um dia marcado por atentados nas igrejas da Nigéria


Neste dia de celebração, contudo, também aconteceram atentados contra igrejas cristãs na Nigéria, causando 32 mortes. O grupo islamita Boko Haram reivindicou os atentados. O porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi, considerou que os ataques, justamente no Natal, buscavam "alimentar ainda mais o ódio e a confusão".

Nas Filipinas, único país cristão da Ásia, junto com o Timor Oriental, onde um temporal deixou 2.000 mortos e desaparecidos em meados de dezembro, milhares de pessoas passaram o Natal em abrigos.

Em Belém, o monsenhor Fuad Twal, 71, principal autoridade católica romana na Terra Santa, celebrou a Missa do Galo, na igreja de Santa Catarina, na presença do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas e de milhares de fiéis. Referindo-se às revoluções árabes, pediu orações "pelo restabelecimento da calma e da reconciliação na Síria, Egito, Iraque e Norte de África".

No Iraque, centenas de fiéis participaram de uma missa na catedral de Bagdá, vigiada por dezenas de membros das forças de segurança iraquianas, 14 meses depois da matança na catedral siríaca de Bagdá. No dia 31 de outubro de 2010, um grupo armado atacou a catedral, durante uma missa, causando 53 mortes.

Na Inglaterra, o Duque de Edimburgo, de 90 anos, marido da rainha Elizabeth 2º, não pode participar, pela primeira vez, das tradicionais comemorações da família real por estar hospitalizado após um problema cardíaco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura