relado católico apela aceitação e convivência harmoniosa entre fiéis das diferentes religiões - Por Kwanza Sul



O padre católico António Francisco Custódio pediu hoje, sexta-feira, aos crentes de diferentes confissões religiosas a estarem preparados e promoverem o conhecimento de outras religiões, com vista a uma convivência pacífica e harmoniosa entre todos.

António Custódio fez este pedido quando dissertava sobre o tema: 

"A proliferação religiosa e o Islão em Angola"

numa palestra enquadrada no acto provincial antecipado do 8 de Janeiro, Dia da Cultura Nacional, decorrido no anfiteatro do Instituto Médio Politécnico do Sumbe.

De acordo com o sacerdote, especialista em Islamonologia e vigário da Diocese de Benguela, é necessário preparar-se os fieis, de modo a aceitarem a diferença e viverem com outras religiões que vão aparecendo no país, desde que primem por princípios básicos da convivência social, compreensão, enriquecimento recíproco e convergência.

Neste trabalho de sensibilização, apelou ao envolvimento das escolas e da comunicação social, que devem aprofundar o estudo das religiões e promover o conhecimento das mais diferentes confissões, com vista a coabitação entre as pessoas que as professam. 

No entanto, defendeu a necessidade de se recusar a justificação da violência em nome da religião, condenando todas as formas de destruição da vida humana.

"As religiões não devem lutar, nem confrontar-se, mas procurar viver na paz, colaboração e harmonia. Por isso é necessário que conheçamos todas as religiões para que possamos viver nesta proximidade de paz e justiça", frisou.

Disse que em Angola o Islão começou a marcar presença a partir de 1960, com o regresso de angolanos provenientes dos dois congos.

Em 1992/94, é construída a primeira mesquita em Luanda e posteriormente em Benguela, Huíla, Lunda Norte e Lunda Sul, aguardando pelo reconhecimento do Estado angolano.

No quadro da efeméride, a governadora provincial em exercício, Fernanda Cabral, depositou uma coroa de flores no busto do poeta e primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, na presença de membros do seu pelouro e de diversas entidades tradicionais e religiosas.

O acto foi ainda marcado por momentos culturais, com a entoação de coros religiosos e trova, bem como a outorga de menções honrosas aos agentes culturais seleccionados nas categorias de artes cénicas, dança e música.

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