90% dos grandes escritores sofreram de instabilidade mental


Um estudo apresentado nas páginas do clássico

 "QS: Inteligência Espiritual - Aprenda a Desenvolver a Inteligência que Faz a Diferença" (Viva Livros, 2012)

dos filósofos Danah Zohar e Ian Marshall, mostra que dentre as personalidades artísticas e criativas famosas do passado, os que mais sofreram com instabilidade mental foram os escritores. 

Destes, 90% tinham algum tipo de problema ligado à personalidade entre alcoolismo, depressão, psicose maníaco-depressiva, conduta antissocial e outros.



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Obra apresenta dimensão do homem que seria responsável pelo sucesso
Obra apresenta dimensão do homem que seria responsável pelo sucesso
De acordo com o livro, estas características teriam possibilitado que estes artistas entrassem em contato com outras áreas do nosso cérebro e do conhecimento, o que explicaria suas obras primas e descobertas fora do comum.
Baseados em estudos sobre a consciência, a publicação defende que, além do quociente intelectual e emocional, o ser humano também possui uma dimensão espiritual ligada à necessidade humana de ter e concluir objetivos.
Na obra, os autores sugerem caminhos para que os leitores possam potencializar este lado de nossa inteligência. De acordo com Zohar e Marshall, este novo quociente seria o tipo de inteligência mais importante, afinal, os computadores teriam um altíssimo quociente intelectual, já os animais, um grande consciente emocional, mas só o homem teria o quociente espiritual.
Assim, exercitar este tipo de inteligência faria com que as pessoas sejam capazes de estabelecer e alcançar metas com mais facilidade.
Em 1994, Felix Post publicou no The British Journal of Psychiatry um levantamento da personalidade de 291 homens que haviam conquistado fama mundial nos últimos 150 anos. Entre eles foram incluídos estadistas, intelectuais, cientistas, pintores, escritores e compositores, a maioria nomes que todos conhecem: Einstein, Faraday, Darwin; Lênin, Roosevelt, Hitler, Ben-Gurion, Woodrow Wilson; Ravel, Dvorak, Gershwin, Wagner; Klee, Monet, Matisse, Van Gogh; Freud, Jung, Emerson, Buber, Heidegger; Tchekov, Dickens, Faulkner, Dostoievski, Tolstoi; e por aí seguia. O objetivo do levantamento era descobrir que correlações porventura existiam entre grandeza criativa e instabilidade mental. E foram notáveis os resultados apurados por Post.
Usando fontes seguras, que incluíam até fichas médicas e depoimentos de primeira e segunda mãos, Post chegou às seguintes estatísticas:
Ocupação / Percentagem dos que sofriam de instabilidade mental
Cientista 42,2%
Compositor 61,6%
Estadista 63%
Intelectual 74%
Pintor 75%
Escritor 90%

Os graus de instabilidade variavam de episódios ocasionais, isolados, a grandes e contínuos problemas que podiam perturbar o trabalho e incidentes graves que exigiriam tratamento especializado em hospital. Os problemas incluíam alcoolismo, depressão, psicose maníaco-depressiva, problemas psicossexuais, comportamentos obssessivo-compulsivo, conduta antissocial ou histriônica, e casos limítrofes à esquizofrenia.
A psiquiatra americana Kay Redfield Jamison, ela mesma paciente há muito tempo de psicose maníaco-depressiva, realizou uma pesquisa semelhante de ligações entre esse tipo de psicose e a personalidade artísticas. A extensa lista que preparou de indivíduos afetados em algum grau incluía William Blake, Lord Byron, Rupert Brooke, Dylan Thomas, Gerard Manley Hopkins, Sylvia Plath, Virginia Woolf, Joseph Conrad, F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway e Hermann Hesse, entre outros. Muitos deles passaram longos períodos em asilos de alienados ou hospitais psiquiátricos e, muitos, especialmente entre os poetas, cometeram suicídio.
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"QS: Inteligência Espiritual"
Autores: Danah Zohar e Ian Marshall
Editora: Viva Livros
Páginas: 336

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