VII Encontro da Região Norte de História Oral será na UFPA - Por Yuri Coelho


A oralidade é uma das principais formas de movimentação cultural na região amazônica. É por meio dela que a população da cidade ou do interior mantém viva sua identidade, suas tradições e sua história. Pensando nisso, estudiosos têm se empenhado na discussão do tema, pois é complexa a tarefa de estudar algo de tão difícil registro como a oralidade.

 O I Congresso Pan-Amazônico e VII Encontro da Região Norte de História Oral será realizado na UFPA, em Belém, no período de 27 a 30 de março. 

O evento deve reunir professores, pesquisadores e alunos da graduação e pós-graduação, a fim de discutir a importância da oralidade para o estudo da história presente da Amazônia.

No dia 27, a abertura do Congresso será às 18h, no Centro de Convenções Benedito Nunes, no Campus da Universidade Federal do Pará, em Belém. 

No mesmo dia, ainda poderão ser feitas inscrições para participar do evento, que tem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da UFPA.

Histórico

O Encontro Regional ocorre a cada dois anos e teve a sua primeira edição, em 1997, na cidade de Rio Branco, no Acre. O II Congresso Regional foi realizado em Belém, em 1999. De lá para cá, os estudos sobre a história oral se desenvolveram bastante e popularizaram, dentro das universidades, essa linha de pesquisa.

O coordenador do evento, professor Peri Petit, diretor da Associação Brasileira de História Oral na Região Norte, explica que, “desde o começo dos estudos acadêmicos da história oral no Brasil, nos anos 80, até aqui, tornou-se comum encontrar minicursos, simpósios, especializações em história oral. O importante é frisar o caráter interdisciplinar do tema. Pessoas confundem a história oral como algo praticado apenas por historiadores, mas vai além disso. As fontes orais estudam os porquês de as pessoas falarem o que falam , pensarem o que pensam, fazerem o que fazem, é, portanto, uma perspectiva metodológica e reflexão teórica, da qual se alimentam pesquisadores das diferentes áreas das Ciências Humanas e Sociais e também de outras áreas do conhecimento científico.”

Além da fronteira

Em 2012, o Congresso se expandiu e vai agregar não só os Estados da Região Norte como também participarão professores e alunos de outros Estados brasileiros e países da Amazônia Continental, principalmente Colômbia e Venezuela, que também possuem associações de história oral ativas. A iniciativa de convocar o I Congresso Pan-Amazônico de História Oral surgiu da Associação Paraense de História Oral (Aphor) e foi aprovada pelos demais Estados.

Outra novidade do Congresso são duas novas categorias de apresentação: vídeo- documentário e rodas de conversa. O caráter audiovisual das produções em vídeo e a proximidade e possibilidade de colher relatos do público, na hora, durante as rodas de discussão, tornam ainda mais dinâmica a experiência que o congresso proporciona.

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