Professores de universidades federais decidem manter a greve- Por Cristina Serra Brasilia


Professores de universidades federais decidem manter a greve
Das 99 instituições de ensino federais, 51 estão em greve, total ou parcial. Grevistas querem reestruturação da carreira de professor universitário, melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Depois de mais uma reunião sem acordo com o governo, em Brasília, professores de universidades federais decidiram manter a greve, que já dura 19 dias em algumas instituições. Uma passeata, com apoio de alunos, terminou em confusão.

Tumulto na portaria do Ministério da Educação. Um policial tentou tirar a camisa do rosto de um estudante. Começou o empurra-empurra. PMs usaram gás de pimenta e cassetetes para dispersar os manifestantes, que estavam no local para dar apoio aos professores em greve. Mais cedo, em outro confronto, vidros do ministério foram quebrados.

Das 99 instituições de ensino federais, 51 estão em greve, total ou parcial. Os grevistas querem a reestruturação da carreira de professor universitário, melhores condições de trabalho e reajuste salarial. Com relação aos salários, a negociação está sendo feita dentro das discussões sobre o reajuste de todos os servidores federais, o que torna o processo de negociação muito mais complexo.

O Sindicato dos Professores disse que a greve vai continuar.

"Esse é um processo que se arrasta em conversas com o governo desde agosto de 2010. Nós temos uma proposta que torna nossa carreira mais simples e mais favorável a um trabalho de qualidade, a valorização do nosso trabalho e a melhoria das condições de trabalho", afirma a presidente do sindicato, Marina Barbosa.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que considera a greve precipitada:

"Não há na pauta das entidades docentes nenhum tema referente a este ano de 2012. Como é a carreira para 2013, o prazo que nós temos para negociar é até o final de agosto”.

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