Universidades decidem não cortar o ponto dos grevistas


Decisão contraria o Governo Federal, que havia determinado desconto dos salários durante a paralisação

Reitores das universidades federais, em greve há 57 dias, não acataram a determinação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de cortar o ponto e suspender o pagamento dos grevistas, proporcionalmente ao tempo que durar a paralisação.


Ontem, foi a vez do reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Carlos Levi, informar que não cortaria o ponto dos grevistas, em meio a uma invasão de alunos, funcionários e professores à reitoria.

"A posição da reitoria é de não se submeter a essa orientação", afirmou Levi. Com a adesão da UFRJ ao boicote, pelo menos 57 das 59 instituições federais de ensino decidiram por não se submeter à determinação do Governo Federal.

Impasse

O movimento grevista pede que as gratificações sejam incorporadas aos salários. Segundo eles, há professores que têm salário-base de apenas R$ 557, ao qual as gratificações são somadas.

Eles também pedem variação de 5% entre níveis salariais a partir de R$ 2.329,35 para 20 horas semanais O Ministério da Educação oferece reajuste salarial linear de 4%, a partir de março de 2012, conforme negociação iniciada em agosto do ano passado.

Andifes

A manutenção do pagamento dos grevistas foi amparada em decisão da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), de que cada universidade decidiria individualmente, já que elas por possuem autonomia administrativa.



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