Nagasaki faz homenagem às vítimas da bomba atômica há 67 anos


Noda reiterou que o Japão, o único país que sofreu ataques nucleares, deverá liderar o debate internacional sobre o desarmamento nuclear

Os moradores de Nagasaki, no Japão, fizeram hoje (9) uma homenagem às pessoas que morreram durante o lançamento de uma bomba atômica na cidade em 1945. 

Na cerimônia, autoridades e moradores apelaram para que a comunidade internacional avance na elaboração de um tratado que proíba as armas nucleares. 

As pessoas fizeram um minuto de silêncio às 11h02 locais (23h02 de Brasília), o momento exato em que a bomba caiu sobre a cidade, no Parque da Paz, em memória das vítimas do ataque nuclear que causou mais de 70 mil mortes.

Em março deste ano, havia 39.324 sobreviventes da bomba atômica na cidade. Eles são chamados de hibakusha e têm, em média, mais de 77 anos. Nagasaki foi a segunda cidade japonesa atacada pelos norte-americanos, durante a 2ª Guerra Mundial. 

A primeira foi Hiroshima, que lembrou o ataque no último dia 6, recordando que mais de 200 mil pessoas morreram em decorrência da bomba atômica lançada sobre a cidade.
O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, apelou à comunidade internacional e pediu que o governo do Japão reveja a política energética. 

O apelo é uma referência aos acidentes nucleares registrados no país em março de 2011, quando houve explosões e vazamentos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.

A exemplo do que disse em Hiroshima, há três dias, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, destacou que o governo se esforça para garantir à população um sistema energético mais seguro. 

Noda reiterou que o Japão, o único país que sofreu ataques nucleares, deverá liderar o debate internacional sobre o desarmamento nuclear e a não proliferação de armas nucleares. 

Participaram da cerimônia representantes de cerca de 40 países, entre eles os embaixadores no Japão de Estados Unidos, França e Reino Unido, países que contam com armas nucleares.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura