Saiba quem são os sikhs, vítimas do ataque de um atirador nos EUA


A sikh, que teve um templo atacado nos Estados Unidos neste domingo, é uma religião monoteísta, fundada há mais de 500 anos no Punjab (região de fronteira entre o Paquistão e a Índia). 

O precursor, Guru Nanak, pretendia criar uma religião que promovesse a fusão entre o islamismo e o hinduísmo, por criticar os rituais desses fieis.

Hoje, entretanto, os sikhs preferem não reduzir o conceito da comunidade ao hibridismo. Segundo membros da religião nos Estados Unidos, os adeptos vêm sofrendo preconceito após os ataques de 11 de setembro - seus membros, que usam turbantes e barbas longas, dizem ser confundidos com muçulmanos.

Segundo o portal sikhs.org, a comunidade é formada, hoje, por mais de 23 milhões de pessoas, o que torna a religião a quinta maior do mundo. Estima-se que 19 milhões vivam na Índia, mas há adeptos no Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Singapura, Malásia e outros países.

A palavra sikh, na língua punjabi, significa "discípulo". Os fieis seguem os ensinamentos escritos pelos 10 gurus sikhs no Guru Granth Sahib, o livro sagrado da religião. Os sikhs, entretanto, acreditam que há apenas um deus. Eles repudiam a idolatria a imagens, a adoração aos mortos e as superstições.

Considerada uma religião progressista, a sikh é defensora da tolerância e da igualdade. Seus adeptos chegaram a lutar contra o sistema de castas na Índia, por acreditarem que Deus não avaliava o mérito dos homens pela sistema a que pertenciam, mas sim pelas obras que praticavam. 

Os três pilares definidos pelo fundador da religião são: buscar conquistas através do trabalho, permanecer com Deus em mente todo o tempo e dividir tudo o que se tem com os necessitados.

Os templos dos sikhs são chamados de Gurdwaras e ficam abertos a pessoas de outras religiões. Os visitantes, no entanto, precisam retirar os sapatos, lavar as mãos e os pés e cobrir a cabeça antes de entrar.

Na Índia, os sikhs são a terceira maior comunidade religiosa. À frente estão o hinduísmo, que soma mais de 80% dos adeptos, e o islamismo. O primeiro-ministro do país, Manmohan Singh, é sikh.

O ataque

Um homem abriu fogo na manhã deste domingo em um templo Sikh de Oak Creek, no Estado americano do Wisconsin. Pelo menos sete pessoas teriam morrido, incluindo o atirador, morto pela polícia.

Os investigadores estiveram em Oak Creek, um subúrbio nos arredores de Milwaukee, ao receber uma chamada que alertava sobre disparos por volta das 10h25 locais. Ao chegar ao local, um dos oficiais foi recebido a tiros, e por isso "respondeu com fogo aos disparos" e, finalmente, matou o suposto criminoso, disse o chefe de polícia de Greenfield, Bradley Wentland.




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