Pastoral carcerária fará carta sobre o sistema prisional – Por Amanda Garcia Ludwig e Bibiana Pignatel Baesso


A Diocese de Criciúma sediou o 

20° Encontro Regional da Pastoral Carcerária

Dentro os assuntos debatidos, esteve o relatório da realidade prisional de cada diocese, e ficou decidido que a Coordenação Regional da Pastoral Carcerária enviará uma carta aos órgãos ligados ao sistema para denunciar as irregularidades e dificuldades encontradas pelas equipes da pastoral.

“Eles querem fazer revista íntima nos agentes da Pastoral Carcerária, como é feita nas visitas da família. A pastoral está dentro da lei. Como nos advogados não é feita revista, pela lei, na assistência religiosa também não é. Os agentes reclamaram muito disso”, relata a coordenadora regional da Pastoral Carcerária, Rosimeri Cunha.

A Pastoral também se manifestará contra a construção de mais presídios, por acreditar na ressocialização dos egressos. O juiz corregedor do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Alexandre Takashima, participou da mesa redonda realizada no sábado e declarou que o Estado conta com mais de 17 mil encarcerados em 22 estabelecimentos prisionais.

“Eu trabalho com uma ideia de que o sistema prisional precisa ser transparente. A entrada da Pastoral Carcerária, das universidades, dos conselhos de comunidade, possibilitam esta transparência para evitar os abusos. Preso está dentro do sistema prisional para cumprir pena de privação de liberdade, os outros direitos estão todos garantidos. A Pastoral Carcerária, além do reconhecimento do direito à liberdade religiosa, que é o direito do preso continuar professando sua fé, ainda serve de olhos para evitar os abusos que ocorrem no sistema prisional”, afirmou Takashima.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura