Sudeste abriga mais da metade das instituições religiosas sem fins lucrativos


País tem 290,7 mil entidades que não visam lucro, diz estudo.

A região Sudeste abriga mais da metade (57,4%) das Fasfil  (Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos) com enfoque religioso do País. De acordo com um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado nesta quarta-feira (5), a distribuição desse tipo de entidade pelo território nacional tende a acompanhar a distribuição da população, mas as diferenças de atuação em cada região são grandes.

Realizado em parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o estudo mostrou que existia, em 2010, 290,7 mil Fasfil no Brasil, o que representa 5,2% do total de entidades. Outras áreas de atuação que se concentram no Sudeste são Saúde (53,4%), Assistência social (47,7%) e Cultura e recreação (43,3%). Já no Nordeste, estão concentradas as entidades de Desenvolvimento e defesa de direitos (37,7%).

As entidades religiosas se destacam também quando se analisa o total de Fasfil. Elas representam o segundo maior grupo (28,5% das unidades). O mais numeroso se refere a Defesa de direitos e interesses dos cidadãos, com 30,1% das unidades.

O estudo mostra ainda que, de 2006 a 2010, o número dessas instituições cresceu no Brasil (8,8%), mas em um ritmo bem menos acelerado do que em períodos anteriores, especialmente entre o final dos anos 1990 e os primeiros dois anos do milênio, quando se observou uma grande expansão do setor. Nesses quatro anos analisados, as áreas que mais cresceram foram Educação infantil (43,4%) e Educação profissional (17,7%).

Empregos

Em 2010, o total de pessoas empregadas nas Fasfil era de 2,1 milhões, ou seja, 4,9% dos trabalhadores brasileiros. Esses funcionários ganhavam, em média, R$ 1.667,05 mensais.

Ainda de acordo com o estudo, o porte médio dessas entidades é de 7,3 trabalhadores por instituição. Vale destacar que 72,2% delas não possui sequer um empregado formalizado.

Os resultados mostram, também, uma forte predominância das mulheres, bem acima do que é observado no total de trabalhadores de organizações públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos. Nas Fasfil, as mulheres representam 62,9% dos assalariados, enquanto no conjunto das organizações cadastradas esse percentual é de 42,1%.



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