Pastores gays abrirão filial em São Paulo – Por Tiago Chagas



A Igreja Cristã Contemporânea, adepta da teologia inclusiva, inaugura no próximo final de semana sua primeira filial em São Paulo.
Liderada pelos pastores gays Fábio Inácio de Souza, de 33 anos, e Marcos Gladstone, de 37, a denominação foi fundada no Rio de Janeiro, e já possuía uma outra filial, em Minas Gerais.
Com o slogan “Levando o amor de Deus a todos, sem preconceitos”, a denominação se apresenta como um local em que a homossexualidade não é tratada como pecado, e segundo os pastores fundadores, reúne mais de 1.800 membros em todo o Brasil.
A Igreja Cristã Contemporânea tem crescido apesar da rejeição de boa parte dos evangélicos, diz Fábio Inácio, que é ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. No Rio de Janeiro, a denominação já teve outdoors que falavam favoravelmente sobre o casamento gay vandalizados.

“De vez em quando tem isso, algumas pessoas que não gostam e que não consideram a gente uma igreja evangélica por conta da questão da homossexualidade. Existe uma vertente que aceita e outra que não”, resume o pastor gay.
A filial em São Paulo terá cultos aos domingos, sempre às 19h00. A decisão de abrir uma Igreja Cristã Contemporânea em São Paulo se deu pela resposta do público, afirma o pastor Fábio Inácio: “Já vínhamos realizando cultos em um salão na Santa Cecília [região central] com, em média, 120 pessoas”, revela.
Localizada no Tatuapé, bairro de classe média da Zona Leste de São Paulo, a Igreja Cristã Contemporânea realizará, segundo informações da Folha de S. Paulo, eventos como encontro de solteiros, balada gospel sem bebida alcoólica, encontro de casais e até grupos de apoio à adoção: 
“A gente apoia a questão da família, de adoção. Eu e o meu companheiro temos dois filhos, um de nove e um de dez anos”, conta o pastor Fábio Inácio.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura