Partido Liberal Cristão prepara-se para disputar eleições em todos os níveis – Por Álisson Castro

O Partido Liberal Cristão (PLC), que deu início nesta quarta-feira a uma campanha para recolher assinaturas e fundar o diretório regional no Amazonas, tem como meta disputar as eleições de 2014 em todos os níveis. Foram recolhidas 2 mil assinaturas.

“Nosso objetivo é lançar candidatos em todos os níveis nas eleições gerais no próximo ano. Vamos trabalhar para atingir este objetivo e temos um ano para atingir este objetivo, inclusive a cargos de governador e senador. A princípio também não descartamos fazer alianças com outros partidos com a mesma linha ideológica”, frisou o presidente do diretório regional Fernando Batista Filho.

Para concorrer às eleições de 2014, o PLC tem até o dia 5 de outubro para ter o registro do seu estatuto confirmado no TSE. Portando, estabeleceu como meta até a primeira quinzena de julho para concluir a coleta das mais de 100 mil assinaturas que ainda faltam e até submeter o registro para julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com Batista, a nova sigla ainda não possui políticos conhecidos, mas conta com apoio de grande parte do público evangélico.

“Em todo o País já temos 300 mil assinaturas e no Amazonas queremos chegar a 13 mil no prazo de 60 dias. O nosso diferencial é a defesa da família, porque os demais partidos estão preocupados só em ganhar dinheiro e em defender seus próprios interesses e firmar projetos que não sejam familiares”, ressaltou.

Caso atinja as 13 mil assinaturas de apoio no Estado, o partido garante o percentual mínimo de 0,5% do eleitorado amazonense que depositou o voto para deputados federais na última eleição geral, que é de 7.654.

Em visita ao Estado, na manhã desta quarta-feira, o presidente nacional da sigla, pastor Osésa Rodrigues de Oliveira explicou a linha ideológica do PLC. “O partido defende a família na forma constitucional brasileira, que é a união entre o homem e a mulher. A família foi a primeira instituição que Deus criou e não há procriação e preservação da espécie humana com o casamento de pessoas do mesmo sexo”, disse Rodrigues, que também é presidente da Ordem dos Ministros Evangélicos de Brasília.

Outras linhas programáticas defendidas pelo PLC são a oposição ao aborto e ao casamento homoafetivo no País.

Osésa é otimista em dizer que não terá tantos problemas com relação ao embate que poderá ter com a opinião pública, uma vez que, para ele, o Brasil “é um País moralista” e os que defendem a bandeira do casamento homoafetivo são “um quantitativo muito pequeno”.

“O deputado Marcos Feliciano está sendo vítima de uma manobra política que cria uma cortina de fumaça a fim de manter os deputados José Genoíno e Paulo Cunha do PT, condenados pelo ‘mensalão’ na comissão de Constituição e Justiça”, disse o presidente nacional do PLC.

Segundo Osésa Rodrigues, o partido nasceu em novembro de 2012. De acordo com ele, as assinaturas foram colhidas em 26 Estados, com o apoio de aproximadamente 10 mil pastores de mais de 60 denominações evangélicas.

Atualmente treze novos partidos políticos já entregaram os primeiros documentos ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) para criar os diretórios municipais e estaduais na tentativa de disputar as eleições em 2014.

Linha ideológica na internet

O PLC publicou na internet um documento em que apresenta sua linha ideológica. De acordo com o documento, o partido é denominado Governo dos Justos e tem como objetivo implantar os princípios estabelecidos por Deus, de justiça, bondade, verdade e prosperidade na política brasileira.

“A partir dessa ideia, entendemos que são quatro os pilares de uma sociedade: a educação, a economia, a cultura e a política, sendo que estes devem ser influenciados pelos princípios do Governo dos Justos”.

Segundo o manifesto, “a nação está gemendo com a corrupção, a legalização da união de pessoas do mesmo sexo, a busca pela liberalização do uso de drogas, o aborto, e há quem clame pela legalização da pedofilia e tantos outros temas que afrontam os princípios e crenças do seguimento evangélico e da maioria da população brasileira”, cita.






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