Pastoral da Saúde quer desenvolver presença da Igreja em hospitais e clínicas em Portugal

A Pastoral Nacional da Saúde vai desenvolver a presença da Igreja nos hospitais e clínicas, através de um serviço "mais eficaz" de assistência espiritual e religiosa, decidiram na sexta-feira os participantes no encontro nacional que terminou em Fátima. Avança a agência Lusa.

No documento final, os cerca de 400 participantes inscritos no XXV Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, dão "especial atenção" à formação de assistentes espirituais e religiosos, ao diálogo ecuménico e cooperação com todas as religiões e a "uma maior consciência de corresponsabilidade eclesial", envolvendo pessoal médico, de enfermagem e auxiliar, num contributo "para um ambiente de acompanhamento humano e espiritual".

No texto, defendem ainda o reforço da relação entre o serviço de assistência religiosa com as comunidades paroquiais da zona de cada unidade de saúde e a presença de capelães hospitalares "nos serviços de humanização e de reflexão ética" de cada instituição de saúde.

Os participantes no encontro pretendem ainda contribuir para a formação e desenvolvimento do voluntariado social e pastoral, "que são complementares" com o lançamento de cursos de formação "para o acompanhamento de pessoas doentes", entre outras iniciativas.

No documento lê-se ainda, entre outros considerandos, que o aumento do número de pessoas idosas "obriga a uma especial atenção da parte das comunidades cristãs", existindo muitos idosos "votados à solidão, no isolamento das suas casas ou no ambiente, por vezes pouco humano, de lares e residências" pelo país e que a profunda crise socioeconómica que Portugal vive afecta "gravemente a vida e a saúde das populações", que têm dificuldade no acesso a cuidados de saúde.

A este propósito, a Pastoral promete uma "colaboração efectiva" com o Ministério da Saúde ou outras instituições, no sentido de garantir "mais e melhor saúde das populações", apoiando grupos de dadores de sangue, a formação de pessoas "para proteger crianças e idosos das condições climatéricas adversas, quer no frio, quer no calor", e o apoio "a todos os programas de prevenção de epidemias" a serem eventualmente lançados pela tutela.


Compromete-se ainda a "lançar as bases" para "uma profunda renovação" da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, com novos corpos dirigentes na coordenação nacional, solução que será de "continuidade" à actual direcção presidida por Vítor Feytor Pinto.




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