Conheça 10 datas importantes na história da Irmandade Muçulmana


  1. Março de 1928: Fundação da confraria em Ismailia (nordeste) por Hassan al-Banna, um professor de teologia de 20 anos de idade. Ele atribui a si mesmo o título de murchid (guia). Inicialmente uma simples associação de caridade, o movimento passa a ter propósitos políticos: se opõe à presença britânica e defende a instauração de um Estado islâmico.
  2. Dezembro de 1948: Um militante da Irmandade Muçulmana assassina o primeiro-ministro Mahmud Fahmi al-Noqrachi, que havia ordenado a dissolução da Irmandade. O movimento passa a ser alvo de uma repressão brutal. Em fevereiro de 1949, Hassan al-Banna é assassinado pela polícia secreta.
  3. 1954: O presidente Gamal Abdel Nasser decide proibir novamente a Irmandade depois de uma tentativa de assassinato contra ele, atribuída ao movimento. Até a morte de Nasser em 1970, milhares membros da Irmandade Muçulmana são detidos ou passam à clandestinidade.
  4. Agosto de 1966: Sayyid Qutb, um dos principais teóricos da Irmandade e inspiração de seu radicalismo, é executado pelo governo Nasser.
  5. 1971: Anwar al-Sadat, que sucedeu Nasser, declara anistia geral para a Irmandade Muçulmana. Mas a Irmandade rejeita os acordos de paz que Sadat assinou com Israel em 1979 e, em 1981, o presidente é assassinado por ex-membros que passaram ao extremismo.
  6. 1984: O presidente Hosni Mubarak reconhece a Irmandade como uma organização religiosa, mas nega o registro como um partido político. A Irmandade apresenta candidatos independentes. Depois da vitória nas eleições legislativas de 2005 (20% das cadeiras), fracassa no primeiro turno das eleições legislativas de 2010 e boicota o segundo turno alegando fraudes em massa.
  7. Fevereiro de 2011: Sob pressão das ruas, Mubarak transfere seus poderes para o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA). A Irmandade Muçulmana não lançou a revolta, mas gradualmente se uniu a ela. O movimento sai da clandestinidade e cria o Partido da Liberdade e Justiça (PLJ).
  8. 30 de junho 2012: Mohamed Morsi, eleito com 51,73% dos votos, torna-se o primeiro presidente eleito democraticamente. Também é o primeiro islâmico e o primeiro civil a presidir o país.
  9. 3 de julho de 2013: Após manifestações em massa exigindo a saída do presidente um ano depois de sua eleição, o Exército derruba Morsi e anuncia eleições antecipadas. Morsi é preso "preventivamente" no ministério da Defesa, enquanto sua equipe de governo é mantida presa em um prédio militar.
  10. 10 de julho: A Irmandade Muçulmana rejeita a oferta de fazer parte do governo interino. As autoridades egípcias ordem a prisão do Guia Supremo da Irmandade, Mohamed Badie, e de outros líderes da confraria por envolvimento na violência que causou mais de 50 mortes em 8 de julho no Cairo.





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