Evangélicos (EUA) querem denunciar "bloqueadores" da reforma migratória – Por Leonardo Ferreira

Manifestação reuniu 300 líderes religiosos que participaram do 

“Painel Evangélico de Imigração no Dia de Ação e Orações em Defesa da Reforma Migratória”.

Alguns consideram a declaração um grito de guerra já’, para outros, uma declaração de fé. Recentemente, ativistas evangélicos se reuniram próximo à Câmara dos Representantes, numa igreja onde 300 líderes religiosos participaram do “Painel Evangélico de Imigração no Dia de Ação e Orações em Defesa da Reforma Migratória”.

Líderes da Câmara de ambos os partidos são encorajados por pentecostais, batistas, líderes de super igrejas, ministros de pequenas congregações, republicanos e democratas, residentes no Arizona, Carolina do Norte, Indiana, Ohio, Virginia, e outros estados, afro americanos, brancos, cubanos americanos e outros latinos nascidos ou criados nos Estados Unidos, a apoiar uma proposta migratória.

Durante encontros, negros e brancos atestaram terem mudado de ideias em virtude da experiência da fé em Cristo e a presença de imigrantes latinos e suas famílias em suas congregações. Os imigrantes disseram que estão superando limites religiosos, étnicos e políticos na busca por justiça e o fim da crueldade provocada pelo sistema migratório atual do país. 

“Crueldade” foi exatamente a palavra utilizada e corretamente devido a escala de deportações e detenções que separam famílias, mães de filhos, casais, irmãos de irmãs.

“O nosso encontro na igreja foi um dos muitos eventos ocorridos em todo o país demonstrando que os cristãos: evangélicos, católicos e outras denominações, estão unidos e urgentemente pedem uma reforma migratória que proteja as famílias das detenções, deportações e outras formas de separação”, disse o Pastor Michael Wilker, da Igreja da Reformação, publicou o The Washington Post. 

“Estamos juntos, com os nossos aliados de outras religiões, em prol de uma reforma que inclua a rota para uma merecida cidadania para os 11 milhões novos americanos aspirantes”.

“É questionável se existam legisladores suficientes em sintonia com nossas vozes. Isso é particularmente verdade quando consideramos o quanto longe alguns membros da Câmara estão indo para obstruírem o processo que permitiria a passagem de uma reforma migratória ampla. Na realidade, a Câmara escolheu a estratégia de abordar o tema através de emendas individuais, um infeliz contraste com a proposta migratória ampla, a S.744, aprovada pelo Senado Mês passado”, acrescentou.

Recentemente, o Comitê da Câmara no Judiciário aprovou a emenda HR.2278, também chamada de Ato “Seguro” (SAFE). Essa proposta expandiria o papel do Estado e das autoridades locais no cumprimento das leis migratórias e possibilitaria o aumento de detenções, incluindo sobreviventes de torturas, pessoas que buscam asilo e outros grupos vulneráveis que buscam proteção. O projeto de lei é um de vários que os membros da Câmara apoiam na tentativa transparente de impedir uma verdadeira reforma.

Líderes evangélicos que atuam nas comunidades mais carentes entendem a vida dos imigrantes indocumentados, o sofrimento de famílias e o dano causado por um sistema de imigração ultrapassado e cruel.

“Nós também entendemos a realidade política do Congresso os riscos enfrentados por lideranças corajosas. Entretanto, o trabalho de Deus através das comunidades imigrantes nos convenceu que cristãos evangélicos, com a ajuda de nossos aliados de todas as religiões, devem defender e responsabilizar os legisladores, caso eles não aproveitem a oportunidade de criar um sistema migratório justo e humano”, disse Wilker.

“Estamos anunciando o gospel que recebe de braços abertos os estrangeiros e denunciaremos aqueles que bloquearem a reforma migratória”, concluiu.






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