Seminário debate se 'o Islã é uma religião' e se existe uma 'islamofobia' que lesa os muçulmanos - Por Luciano Portela


Opiniões adversas sobre muçulmanos foram levadas à tona para debater o Islã.

Um seminário sobre discriminação religiosa na cidade de Nova York, levantou a questão se "O Islã é uma religião?", fato que preocupa a população dos EUA atualmente.

Crianças cristãs iraquianas, que fugiram da violência na aldeia de Qaraqosh, sentam-se em um colchão no seu abrigo improvisado em um prédio abandonado em Arbil, ao norte de Bagdá, 11 de agosto de 2014.

Diante de uma suposta "Islamofobia", vários professores da instituição educacional Union Theological Seminary trouxe esta questão e várias outras de teor religioso que merecem diálogo.

Com a facção extremista Estado Islâmico ganhando poder e ocupando territórios no Oriente Médio, surgem várias controvérsias sobre os muçulmanos.

Entre algumas, inúmeros acadêmicos opinam se o Islã é realmente violento e até mesmo se é uma autêntica religião, para examinar o que leva a muitos a ter objeções contra a crença.

Para Ermin Sinanovic, do Departamento de Ciência Política da Academia Naval dos EUA, o tema é algo que varia com o passar dos anos, mas que insiste em clichês como dizer que "todos os terroristas são muçulmanos".

E para desmentir o preconceito generalizado, Sinanovic cita um relatório da Europol, polícia de inteligência da União Europeia, que diz que 1.230 eventos terroristas aconteceram na Europa entre 2009 e 2012, e somente 4 foram cometidos por muçulmanos.

Por sua vez, o escritor Jerusha T. Lamptey responsabiliza radicais islâmicos pelos ataques de 11 de setembro de 2001, em Nova York, com finalidade religiosa, mas critica a mídia que trouxe uma luz negativa com holofote sobre os muçulmanos.

Em um outro caminho, os teólogos também trouxe o depoimento recente de líderes cristãos norte-americanos que afirmam ser necessário ter atenção e que é errado ignorar que grupos terroristas estão enraizados na religião islâmica, ou que o "Islã é uma religião pacífica que foi sequestrada".

Há quem pense exatamente o oposto, como é o caso do político republicano John Bennett, que diz que o Islã é um "sistema político-social que usa uma divindade para avançar sua agenda de conquista global, sendo exatamente que o Estado Islâmico faz agora".


Diante de opiniões adversas, os estudiosos determinam que a única solução é ter coragem para dialogar e achar uma resposta correta, sobretudo para qual o verdadeiro significado do que é ser religião nos dias de hoje.




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