"Diálogo é o mais potente antídoto contra o terrorismo"



A Comissão Nacional Justiça e Paz (Portugal) considera que esse é o melhor caminho como “alternativa ao choque de civilizações”.

O diálogo entre as diferentes culturas e religiões é o “mais potente antídoto contra o terrorismo de matriz fundamentalista”, defende a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).

Na sequência dos recentes atentados de radicais islâmicos em Paris e na Nigéria, a CNJP considera que esse é o melhor caminho a seguir, como “alternativa ao choque de civilizações”.

“Esse diálogo supõe o combate à pobreza e exclusão social, a rejeição da violência, a liberdade do debate de ideias e o respeito pelos sentimentos religiosos dos outros.”

Em comunicado divulgado na quinta-feira, a comissão liderada por Pedro Vaz Patto adverte que não se podem confundir “expressões marginais de fanatismo extremista, que instrumentaliza a religião islâmica em função de um projecto ideológico e político, com o sentir da maioria dos muçulmanos, incluindo os que vivem em Portugal e os seus representantes”.

Para evitar o choque de culturas, a solução não passar por eliminar do espaço público todas as manifestações religiosas, relegando-as para a esfera estritamente privada, defende a CNJP, que enaltece o “valor precioso” da liberdade de expressão.

“A convivência e o diálogo entre pessoas de diferentes culturas e religiões supõem a liberdade de debate de ideias e de crítica”, assinala.

A Comissão Nacional Justiça e Paz sublinha que “já extravasam desse âmbito a instigação à violência e à discriminação, o insulto, a provocação gratuita e a ofensa aos sentimentos religiosos dos outros” e “nunca a ofensa aos sentimentos religiosos pode justificar o recurso à violência”.





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