Grupo pan-islâmico preocupado com "aumento da islamofobia" nos EUA



A Organização da cooperação islâmica (OCI), sediada na Arábia Saudita, condenou neste sábado o assassinato de três estudantes muçulmanos nos Estados Unidos, alertando para o "aumento da islamofobia" no país.

Deah Shaddy Barakat, 23 anos, sua esposa Yusor Abou-Salha, 21, e a irmã de Yusor, Razan, 19, foram mortos na última terça-feira em Chapel Hill (sudeste dos Estados Unidos) por um homem que se entregou à polícia. O caso provocou a indignação da comunidade muçulmana pelo mundo.

A polícia americana ainda não determinou se as vítimas foram mortas por causa da religião ou após uma briga de vizinhos, enquanto os familiares dos jovens garantem que as motivações para o crime foram religiosas.

"Este crime bárbaro chocou a comunidade muçulmana em todo o mundo e gera a preocupação com o aumento do sentimento de ódio contra os muçulmanos e o aumento dos atos ligados a islamofobia nos Estados Unidos", disse Iyad Madani, secretário-geral da OCI, baseado em Jeddah, oeste da Arábia Saudita.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial saudita, SPA, a OCI, que conta com 57 membros, pediu que Washington tome medidas para proteger os cidadãos "da discriminação e dos estereótipos que contradizem os valores fundamentais da sociedade americana".

Madani pediu uma cooperação internacional para lutar contra o "extremismo, a violência e a intolerância religiosa, assim como os crimes de ódio e os atos em sua origem". O suposto autor do triplo homicídio de Chapel Hill, Craig Stephen Hicks, 46, é acusado de assassinato e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte.




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