Presos da CPPP confraternizam por meio do Projeto Gingando para a Liberdade‏


O dia 16 de Dezembro será de louvor, batismo e troca de corda de capoeira e confraternização de famílias na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), por meio do projeto:

“Gingando para a Liberdade”

Que é desenvolvido dentro da unidade prisional desde o ano de 2004. O objetivo do projeto é promover a socialização, o lazer e as práticas cultural e esportiva na CPPP por meio da capoeira.

As atividades começam às 10 horas e seguem até às 16 horas, sob a coordenação da Diretoria de Administração Penitenciária e Prisional e da Diretoria e da Diretoria de Políticas e Projetos de Educação do Sistema Prisional da Secretaria de Estado de Defesa e Proteção Social (Sedeps). A programação contará, ainda, com apresentações musicais, pelos cantores Diomar Naves e Dorivã, com repertório regional, e de hip hop.

O grupo de capoeira Gingando para a Liberdade mantém a prática nos espaços internos da CPPP com frequência regular, promovendo batizados religiosos, rodas de capoeira e troca de cordas. Neste ano, essa prática foi incorporada ao projeto: “Banho de Sol e Cultura”, mantido pela Sedeps por intermédio da Diretoria de Políticas e Projetos de Educação do Sistema Prisional, que dá todo o apoio e faz o acompanhamento das atividades.

Atualmente, cerca de 200 presos participam de cultos rotineiros realizados por membros da Igreja Prisioneiro de Cristo. A iniciativa de evangelizar por meio do esporte dentro da CPPP partiu do ex-detento Antônio José Ribeiro da Silva, 39 anos, conhecido como “Parafuso”. 

Ele foi preso em 22 de Novembro de 2002, após ter se envolvido em uma briga que resultou na morte do adversário. Sua pena era de dez anos, mas foi reduzida. Ele saiu em 18 de Fevereiro de 2008, após receber remição de pena pelo estudo na escola penitenciária da CPPP e pelos trabalhos nas áreas esportiva e religiosa realizados internamente.

Foi “Parafuso” quem criou a Igreja Prisioneiro de Cristo no ano de 2003 dentro da CPPP e que hoje tem sede no Jardim Aureny 3. Atualmente, do lado de fora das grades, ex-detentos e seus familiares se reúnem para orar e se mobilizar na missão de evangelização, inclusive dentro da unidade prisional.

Remição

Dentro das unidades prisionais, os presos têm ligação respeitosa com a religião. Por isso, a maioria deles demonstra atitude de pacificidade e acaba participando das atividades religiosas. O presídio é aberto à capelania de todas as religiões. Quanto à remição, é uma maneira de reduzir a pena do preso, na razão de três dias de trabalho ou estudo para um dia de pena a ser remida. 






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