São Paulo recebe Primeiro Memorial da Imigração Judaica



O espaço interativo será inaugurado na sede da Sinagoga mais antiga do Estado, este mês. 


Ficará reunido na Kehilat Isarel, no Bom Retiro, em São Paulo, o mais importante acervo com documentos e obras raras, que apresentam a história e a contribuição dos imigrantes judeus ao Brasil. Por isso, o Radioatividade convidou para vir aos estúdios nesta quinta-feira (11/02), Márcio Pitliuk, integrante do Conselho Consultivo do Memorial e especialista nos temas Holocausto e imigração judaica.

Márcio narrou a chegada dos judeus ao país, alguns vindos no mesmo navio de Pedro Álvares Cabral, no século XVII e, inclusive, com comunidade erguida em Recife desde os primórdios da história: 

“O Brasil recebeu os judeus de braços abertos, aqui o judeu pôde praticar sua fé e suas tradições e, por outro lado, eles contribuíram bastante para o Brasil; no comércio, na indústria, na cultura”. Para ele, o Museu é um presente da comunidade judaica ao país.

Quem visitar o novo Memorial, a partir do dia 24 de fevereiro, poderá conferir objetos, vestimentas, documentos e livros vindos de diversos países. A entrada será franca e, em breve, serão planejadas listas de inscrições para visitas escolares.

Fica registrado, também, o pedido para os descendentes e/ou imigrantes que tenham vontade de fazer doações de documentos, cartões e outros itens relacionados ao memorial: 

“às vezes a pessoa recebeu uma carta e guardou por cinquenta anos. Para ele é uma carta carinhosa, para o historiador pode abrir outras portas”, destacou Márcio.

“Tudo o que as pessoas têm de história, se não querem mais manter ou guardar, devem procurar um museu ou memorial e doar. Quem sabe o museu vai achar uma importância naquilo”.

Serviço:

Memorial da Imigração Judaica
Sinagoga Kehilat Israel
Rua da Graça, Bom Retiro, São Paulo
A partir de 24 de fevereiro de 2016

Horário de funcionamento: 2ª a 6ª, das 10h às 17h




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura