Fenômeno carismático – Por Euler de França Belém


Biografia explica por que Marcelo Rossi se tornou o Paulo Coelho da Igreja e revela sua depressão.

Livro expõe a história do mais bem-sucedido padre brasileiro, em termos de comunicação de massa, apresenta sua opinião sobre homossexualidade e casamento gay e revela que teve quatro namoradas.


O livro beira à hagiografia, mas a jornalista Heloisa Marra acaba por ater-se aos fatos e conta, de maneira precisa, a história de Marcelo Rossi, um dos maiores fenômenos religiosos da Igreja Católica e de comunicação do país

O padre Marcelo Rossi, da Igreja Católica, é um fenômeno religioso impulsionado por uma estratégia de comunicação moderníssima. Por ser popular, portanto por vender milhões de livros, CDs e DVDs, trata-se do capitalismo “subordinando-se” ao catolicismo, é, em geral, mal visto pelos intelectuais. 

Por isso, o que é um equívoco da academia, praticamente não é estudado, nem como fenômeno religioso, é um porta-estandarte da Renovação Carismática, nem como fenômeno mercadológico. 

A própria Igreja Católica, no início, assustou-se com o padre que nasceu em seu ventre, mas parecia tão grande quanto sua mater. Denunciado por religiosos brasileiros, como uma espécie de heresia supostamente não-ideológica, chegou a ser investigado pelo Vaticano, que o absolveu e o assimilou, chegando a premiá-lo. Ele seria uma versão fanática, de direita, da Teologia da Libertação.

A Editora Best Seller pôs nas livrarias, no fim do ano passado, o livro: “Padre Marcelo Rossi, Uma Vida Dedicada a Deus” (159 páginas), da jornalista Heloisa Marra, ex-subeditora do caderno “Ela”, de “O Globo”. Aqui e ali, sente-se o “cheiro” de hagiografia. Mas a repórter reaparece e corrige-se, atendo-se aos fatos. 

Não é uma obra crítica, nem detalhada e contraditada, no estilo das biografias de Ruy Castro, Lira Neto (autor de uma excelente biografia do Padre Cícero, do Ceará) e Fernando Morais. Dizer isto não é o mesmo que sugerir que seja descartável. Não é. Pelo contrário, é interessantíssima. Entender e analisar um personagem quase santo, como Marcelo Rossi, de 48 anos, não é nada fácil.

Tia Laura

Quando o papa João Paulo 2º, um dos estadistas mais importantes do século 20 (a ruína do socialismo se deve em grande parte à sua ação política e teológica), visitou o Brasil, em 1980, Marcelo Mendonça Rossi não deu a mínima bola. Estava fazendo palavras cruzadas e não parou um minuto para inteirar-se das notícias sobre o então primeiro-ministro e monarca da Igreja Católica.

Aos 19 anos, Marcelo Rossi era um rapaz alto, bonito e bombado. “Fisiculturista, músculos meticulosamente cultivados, ganhou o apelido de ‘Turma’.” Ele estudava Educação Física na Fefisa (Faculdades Integradas de Santo André). “Treinava musculação todo dia, era mais durão. Costumava aderir a todas as novidades dos Estados Unidos na área de alimentação”. O padre admite que tomava até anabolizantes. Fabio Saba, colega de faculdade, afirma que era disciplinado.

Laura Mendes da Silva, a Tia Laura (ela teria “curado” o jogador de xadrez Henrique da Costa Mecking, o Mequinho), “uma das figuras mais importantes da Renovação Carismática Católica no Brasil de 1970 a 1991”, é uma das principais responsáveis pela iniciação religiosa de Marcelo Rossi. Ele tinha 23 anos quando Tia Laura vaticinou que seria sacerdote. “Deus tem um plano para você”, sugeriu. O jovem resistia, mas acabou entrando para o Seminário de Filosofia de Santo Amaro, onde encontrou dom Fernando Figueiredo, religioso decisivo na sua formação.

A conversão de Marcelo Rossi teria se dado quando viu sua mãe, Vilma Rossi, orando diante de uma imagem de Nossa Senhora. “O encontro com Deus me trouxe de volta a paz que eu havia perdido”, afirma. Certa vez, angustiado, leu “Médico de Homens de Almas”, de Taylor Caldwell. Trata-se de uma biografia romanceada de São Lucas. Passou a frequentar grupos religiosos. 

O que mais o atraiu foi a música. “Começou a frequentar os encontros de Tia Laura, em Lorena”. O pai, Antônio Rossi, “não queria que fosse padre de jeito nenhum. ‘Eu dou apartamento, um carro para você’”.

Assédio das mulheres

Mesmo sendo um homem bonito, Marcelo Rossi não era namorador. A biógrafa é econômica a respeito, mas apresenta um nome, Simone, com quem ele teve “um relacionamento mais sério”. O religioso afirma que, antes de ser padre, teve “três ou quatro” namoradas. 

Ao se tornar padre, esqueceu, em termos físicos, as mulheres. “Sou celibatário convicto. Já vivo assim há quase 20 anos. É uma vida de coração. Se você buscar as coisas, assistir a filmes pornográficos, é óbvio que vai acabar se sujando. Mas se, pelo contrário, olhar as pessoas com carinho e amor verdadeiro, nem pensa nisso. E, mesmo se os padres pudessem casar, coitada da mulher que estivesse comigo. Ia sofrer muito. Trabalho para Jesus a toda hora. Nenhuma mulher iria entender isso”, disse numa entrevista em Portugal, em 2012. O celibato, para Marcelo Rossi, não é “renúncia”, e sim “uma oferta”.

Por ser bonito e famoso, o padre Marcelo Rossi é assediado por mulheres. “Aprendi uma coisa: quando um não quer, nada acontece. Eu trato as pessoas como filhas. Mas de qualquer maneira não temo as mulheres”.

As mulheres, Tia Laura, tia Edir, Vilma, sua mãe, e Marta e Mônica, suas irmãs, são presenças dominantes na sua vida e vocação religiosa. Delas deriva a “devoção especial a Nossa Senhora”.

Renovação Carismática

Marcelo Rossi é recebido por Bento XVI, quando este era papa, no Vaticano. A Santa Sé chegou a investigá-lo, dado o caráter performático de suas missas, mas acabou por absolvê-lo, admitindo que não é nada herético.

Na década de 1960, o Concílio Vaticano II, uma espécie de “retorno” à experiência de Pentecostes, revisava a ação da Igreja Católica. “A ideia era fortalecê-la como movimento à imagem e semelhança dos primeiros tempos evangelizadores do cristianismo. Mais acolhedora e próxima de seu rebanho, em missas não mais rezadas em latim, essa Igreja voltou-se para as questões sociais e econômicas, renovando-se na participação cada vez mais ativa dos fiéis”, anota Heloisa Marra.

Dois movimentos reenergizaram a Igreja Católica: a Teologia da Libertação, de inspiração marxista, atuando nas comunidades eclesiais de base, e a Renovação Carismática Católica, “movida pela energia evangelizadora inspirada em Pentecostes”. 

Apontada como “conservadora” pela esquerda, porque, no lugar da politização, prega a evangelização, a Renovação Carismática surgiu nos Estados Unidos, na Universidade de Duquesne, na Pensilvânia, em 1966, e na Universidade de Notre-Dame, em 1967, em Indiana.

Os padres Haroldo Joseph Rahm e Eduardo Dougherty trouxeram as ideias da Renovação Carismática para o Brasil, na primeira metade da década de 1970. A corrente religiosa “incentiva um encontro menos intelectual e mais emocional com Deus”.

“Animado pelas guitarras de bandas cada vez mais numerosas, capazes de atrair os mais jovens, o movimento estimula a participação na Eucaristia, a adoração do Santíssimo Sacramento, a devoção a Nossa Senhora com a oração do terço, a oração espontânea e os cânticos de louvor, de agradecimento e de pedidos ao Espírito Santo”, expõe Heloisa Marra. 

Os críticos, na própria Igreja Católica, sustentam que a Renovação Carismática não se preocupa com a transformação social. Até conservadores não apreciam o estilo “performático” dos carismáticos. Mas, como escreve Heloisa Marra, atraiu “católicos que haviam se afastado” e despertou “a fé em novos adeptos”. É uma resposta, direta ou indireta, ao crescimento das igrejas evangélicas.

Bispo é seu mentor

O mentor do padre Marcelo Rossi é o bispo dom Fernando Antonio Figueiredo, de 76 anos. “Atento à importância dos meios de comunicação na evangelização e defensor de um vínculo mais efetivo e emocional entre o fiel e a igreja, dom Fernando apoiou o padre Marcelo Rossi desde o início. É ele quem reza a missa no santuário [Teotókos Mãe de Deus] todo domingo, assessorado pelo padre Marcelo”.

No Seminário de Filosofia de Santo Amaro, “Marcelo Rossi encontrou na música sua melhor forma de expressão. Alegre e bem-humorado, montou uma banda chamada QG (Quebra-galho). Como vocalista, começou a exercitar de brincadeira um carisma que foi crescendo. Ele percebeu que, através da música e da dança, poderia fazer as pessoas participarem de uma liturgia que precisa urgentemente ser renovada”.

Numa entrevista à revista “Newsweek”, Marcelo Rossi disse que “o padre deve falar menos, fazer com que as pessoas participem”. “Há um ditado que diz: em cinco minutos é Deus quem está falando, em dez é o homem e em 15 minutos é o diabo, porque é enfadonho e afasta o fiel da igreja”, afirmou à revista “Veja”.

Cura e profecia

Diz-se que a fé remove montanhas. Pessoas que não têm nenhuma fé, como eu, possivelmente sofrem mais e, quando a ciência falha, não têm a quem recorrer (exceto a medicamentos, como antidepressivos, ou a sessões de psicanálise). 

Em alguns casos, em decorrência da fé, há pessoas que, se não são curadas inteiramente, sentem-se melhor, mais reconfortadas. Há casos em que as pessoas se dizem “curadas” de doenças graves, como câncer e aids. O jornalismo às vezes publica a reportagem, relata o que ouviu, mas esquece as histórias e as pessoas. Seria interessante verificar o que aconteceu depois de alguns anos.

Por certo é herético sugerir que o padre Marcelo Rossi, que faz “milagres”, aproxima-se de médiuns e xamãs. Ao ser inquirida sobre a razão das curas em seu grupo de oração, Tio Laura disse: “Porque rezamos para um Deus presente”.

Alana, de 2 anos, filha do radialista Altieris Barbiero, “desenvolvera um nódulo grande na garganta”. Ele disse: “Padre, minha filha vai ser operada”. Marcelo Rossi replicou: “Altieris, hoje é dia de Santa Terezinha, vou rezar por você e sua filha”. 

No hospital, com os médicos preparados para extirpar o tumor, alguém informou: “Ela não vai precisar ser operada”. Altieris conta que “o caroço havia sumido”. Alana está com 19 anos.

O designer paulista Erick Ajudarte Bezerra, com a doença ceratocone, estava quase cego. Depois de uma segunda cirurgia, ele ouviu a música do padre Marcelo Rossi. “Quando fechei meus olhos, vi uma luz bem forte, desceu uma mão em minha direção, entrou nos meus olhos e começou a puxar bichos e bactérias para a luz. Logo em seguida, abri meus olhos e consegui ir para a luz. Abri a janela… Estava enxergando!” Para espanto dos médicos, segundo Heloisa Marra, Erick Bezerra “hoje tem 98% da visão”.

Silvana Camargo Mitne lutava para ter filhos, mas não conseguia. Deprimiu-se. Ao ouvir o programa de rádio “Momento de Fé”, com o padre Marcelo Rossi, decidiu ir ao Santuário Mãe de Deus. A missa já tinha começado e o padre Marcelo Rossi disse:

“Acaba de entrar aqui no santuário um casal a quem há muito Jesus esperava”. Depois, ele disse: “O Senhor pede para avisá-la que em breve gerará em seu ventre um primogênito do sexo masculino”. De fato, engravidou e teve o menino João Pedro. Mais tarde, ao anunciar o segundo filho, Marcelo Rossi declarou: “Dessa vez é um anjo muito especial”. A criança é “portadora de síndrome de down”.

O comunicador

O programa “Momento de Fé”, na Rádio Globo, é líder de audiência. Segundo o site oficial do padre, a audiência chega a 2.160.000 fiéis/minuto. “É no quadro dos testemunhos dos ouvintes e no diálogo telefônico entre o padre e o fiel que a emoção aflora”.

O padre Jorjão sublinha que “o padre Marcelo não foi atrás da mídia. A mídia descobriu o padre Marcelo. Ele tem um carisma e uma fé impressionantes. Junta multidões nas missas e nos programas de rádio, um dos maiores fenômenos de audiência da história do rádio no Brasil, com quase 3 milhões de ouvintes por hora. Ele é um presente de Deus para a Igreja. Transmite, com alegria e simplicidade, a grandeza de Deus”.

Em 2001, “a Globo passou a transmitir com exclusividade a missa do Santuário do Terço Bizantino”. Marcelo Rossi, agora famoso, atraiu celebridades para suas missas. Tornou-se amigo de Xuxa, Gugu Liberato, João Dória Jr. e Tite (o padre é corintiano). Saiu na capa de revistas, como “Caras”, “Quem”. “Veja” e “IstoÉ” dedicaram-lhe várias páginas tentando explicar o carisma do fenômeno da Igreja Católica.

Criticado por setores da Igreja Católica, chegou a ser investigado pelo Vaticano (o que o livro não relata), Marcelo Rossi decidiu ser mais discreto. Mas esconder o elefante em que se tornou? Não há como.

Depressão e homossexualidade

Graças a uma “dieta maluca” (palavras do religoso), a base de hambúrguer e alface, o padre Marcelo Rossi, que era obcecado com a forma física, ficou magérrimo. Ele é formado em Educação Física e até usou anabolizantes

Depois de uma “dieta maluca” (palavras do padre, numa entrevista a Renata Vasconcellos, da TV Globo), “era só alface e hambúrguer”, Marcelo Rossi emagreceu muito e passou por uma depressão. Celebridade, diz que sente falta de liberdade, pois não pode andar com tranquilidade nas ruas. “O que mais me assusta é o fanatismo. Muitas vezes nos colocam em um pedestal, até em uma idolatria. Eu sou um ser humano. Eu passo por dor”.

Depois de cair de uma esteira ergométrica, Marcelo Rossi ficou três meses em uma cadeira de rodas. Deprimiu-se e engordou 40 quilos. Em 2014, durante quase todo o ano, passou por outra depressão aguda, e aí emagreceu, o que gerou uma série de comentários sensacionalistas e despropositados na internet. “O problema da depressão é que a gente não se ama”, assinala o padre. A depressão o torna um de nós, menos santo e, portanto, humano.

Marcelo Rossi, depois de uma aguda hipertensão, 19 por 16, teve “um pré-infarto do miocárdio”. Isto levou-o a desacelerar a agenda. Opinião de Marcelo Rossi sobre casamento gay: “A palavra de Deus é clara: Deus criou o homem e a mulher. A igreja acolhe o pecador, mas não o pecado. Não vai poder legitimar o casamento entre homossexuais. Mas acolhe com carinho”. 

Ele é contrário à adoção de crianças por casais homossexuais: “Por causa da formação. O que vai ficar na cabeça (da criança)? Você quebra o sentido do que é família, do que é o homem e a mulher, o pai e a mãe. São princípios bíblicos. Não sou eu que vou contrariar a palavra de Deus”.

Paulo Coelho da Igreja

Padre Marcelo Rossi reza missa dentro da igreja que construiu com a venda de CDs e livros e o apoio de Antônio Ermírio de Moraes. Ele exigiu que o arquiteto Ruy Ohtake pensasse um templo em que pudesse ver todas as pessoas

Marcelo Rossi é autor dos best sellers “Ágape”, “Kairós” e “Philia”. Os livros venderam milhões. O CD “Canções para louvar ao Senhor” vendeu 3,7 milhões de cópias. “Um presente para Jesus” alcançou 2 milhões. “Canções para um novo milênio” vendeu 1,5 milhão de cópias. O CD “Minha Bênção” vendeu 867 mil cópias em 2006. O DVD “Paz sim, violência não” é outro sucesso de vendas. 

A canção “Erguei as mãos” é um dos principais sucessos do artista-religioso. “Coube ao padre Marcelo, a partir do enorme sucesso de seus CDs, abrir um novo campo, ir além do pop. Ele difundiu a canção que dialoga com a liturgia e cumpre a premissa de louvar o Senhor e Nossa Senhora”, diz Heloisa Marra. “Se a minha música está levando as pessoas ao encontro de Jesus, eu devo dar glória a Deus”.

Marcelo Rossi ouve U2, Paralamas, Kid Abelha, Elis Regina, Roberto Carlos e Chico Buarque. “Mas nunca gostei dos Rolling Stones. Por causa de ‘Sympathy for the Devil’”.

O show: “Em nome do pai”, de 1999, reuniu 161.722 no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. Numa missa-espetáculo, em São Paulo, Marcelo Rossi e Roberto Carlos atraíram 600 mil pessoas.

“Ágape” foi escrito quando estava deprimido. Teria sido lido por 8,5 milhões de pessoas, segundo Heloisa Marra. Marcelo Rossi usou a renda para construir o Santuário Mãe de Deus, em Interlagos, São Paulo. O padre é leitor da obra de Santo Agostinho, de quem aprecia a frase “quem canta reza duas vezes” e a discussão sobre o tempo.

Em 2003, o Primeiro Co­mando da Capital (PPC) articulou seu sequestro e ele teve de andar com seguranças.

Cinema e internet

Depois da música, do rádio e da televisão, Marcelo Rossi migrou para o cinema. Ele fez o filme: “Maria, Mãe do Filho de Deus” (2003), com direção de Moacyr Góes. “O padre Marcelo interpretou o papel do anjo Gabriel e dele mesmo, como narrador da história”. Conta-se “a história de Jesus sob o ponto de vista de Maria”.

Em seguida, fez o filme: “Irmãos de Fé”, com direção de David França Mendes e com o ator Thiago Lacerda (que faz São Paulo). “Sou apaixonado pelo Face”, afirma o padre Marcelo Rossi. Ele tem mais de 30 milhões de seguidores.

“A cada semana procuro unir rádio, TV e internet em torno de um tema”. “Confiante na internet como instrumento de comunicação, acreditou nas mídias sociais e percebeu que na rede estaria o seu púlpito digital, de alcance quase infinito mas nunca capaz de substituir as relações pessoais”, escreve Heloisa Marra.

Seu portal (www.padremarcelorossi.com.br) foi, “por cinco anos seguidos, vencedor do Prêmio iBest, que aponta os melhores sites do Brasil”Em 2010, numa espécie de consagração, Marcelo Rossi recebeu das mãos de Bento XVI o Prêmio Evangelizador Moderno. “Lavou sua alma”.

Bento XVI, ao entregar o prêmio, disse: “Continue”. O padre, que era entusiasmado com João Paulo 2º, seus perfis são parecidos (atletas, charmosos e evangelizadores), está empolgado com a simplicidade do papa Francisco, sobretudo com sua capacidade de se comunicar com as pessoas.

Uma das fontes de Heloisa Marra garante que o padre Marcelo Rossi é um homem honesto e não tolera irregularidades. Terminada a leitura, compreende-se um pouco mais quem é o padre Marcelo Rossi. Mas o mistério persiste: por que este homem se tornou, digamos, o Paulo Coelho da Igreja Católica? 

Ruy Ohtake sugere que, por usar uma linguagem acessível e com uma missa mais democrática, o religioso conquistou o público (“procura transmitir alegria e não as ideias de perdão e pecado, que levaram a Igreja a perder muitos fiéis”). Podem ser incluídos o carisma e a pose de galã. Além, quem sabe, o imponderável ou, diria Nelson Rodrigues, o Sobrenatural de Almeida.

Fonte: http://www.jornalopcao.com.br





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