"O que significa para si ser francês?"



Esta é a pergunta subjacente à discussão, que analisa, por exemplo, se os jovens devem ser chamados a cantar o hino nacional uma vez por ano. A reflexão inclui ainda as políticas para a imigração ou a polémica questão da proibição do uso do véu islâmico. Também foi criado um site de discussão na Internet.

A oposição acusa o executivo de estar a usar o tema da identidade nacional para se aproximar dos eleitores de extrema-direita antes das eleições regionais do próximo ano. Os partidos de esquerda temem ainda que o debate suscite reacções negativas contra os imigrantes.

Ao longo de dois meses todas as prefeituras, na França metropolitana e ultramarina, podem e devem organizar o seu debate - para tal, está a ser distribuído um “kit” com perguntas para organizar as discussões locais entre os cidadãos. A História, cultura, religião e língua são alguns temas em debate.

Uma sondagem TNS-Soffres publicada ontem no jornal "La Croix" revelava que apenas 38% dos franceses reivindicam espontaneamente a sua identidade nacional, enquanto 45% preferem dizer-se de um bairro, de uma cidade ou de uma região.

Quando interrogados sobre quais os elementos da identidade francesa mais importantes, 96% consideravam os direitos do Homem o mais importante, à frente mesmo da língua francesa (95%), do sistema de protecção social (94%) e da cultura e património (92%).
 

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