Enfermidades figuram entre os principais eventos traumáticos - Por Danielle Flöter


Muitas pessoas diagnosticadas com Câncer buscam a psicoterapia como suporte para lidar com a doença e o tratamento
 
São numerosos os acontecimentos que podem configurar traumas psicológicos e, em muitos casos, estão ligados a enfermidades como Câncer, AIDS, amputações, hospitalizações, entre outras. 

Muitos pacientes, quando se deparam com um diagnóstico de uma doença grave, têm buscado a psicoterapia como caminho para atravessar situações potencialmente traumáticas e voltar a qualidade de vida satisfatória. 
 
“Temos observado em nossa clίnica um número crescente de indivíduos acometidos por enfermidades como o Câncer e internações hospitalares que buscam ajuda especializada”, afirma Julio Peres, Psicólogo clínico e Doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. 
 
A caracterização ou não do trauma psicológico dependerá do processamento cognitivo do indivίduo acometido pela enfermidade. Assim, experiências potencialmente traumáticas podem criar oportunidades de crescimento pessoal através da introdução de novos valores e perspectivas para a vida. 

Essa atitude de desenvolver novos interesses e objetivos de vida após o trauma é um dos cinco fatores do crescimento pessoal. Os outros fatores que podem agir de modo independente ou paralelamente são: apreciação e valorização da vida, melhor relação familiar e interpessoal, resgate/fortalecimento da religiosidade e espiritualidade no dia-a-dia e descoberta de força e recursos pessoais para superação de adversidades.
 
“O trauma se relacionada com o imponderável. Muitos pacientes chegam ao consultório desestruturados emocionalmente, sem expectativa de futuro e se sentem incapazes, fragilizados e com medo do que pode acontecer. Durante a psicoterapia as pessoas atribuem significados a angustia e em seguida percebem que podem ajudar não só a si mesmos, mas também aos que estão ao seu redor”, conta Julio Peres.

 “Isso é importante para o crescimento e fortalecimento pessoal e nos mostra que o sofrimento e o crescimento pós-trauma podem caminhar juntos quando uma aliança de aprendizado é construída, favorecendo a melhora da qualidade de vida.”
 

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