Universidades discutem políticas para fixação de doutores na região Norte - Por Danielle Tavares


Políticas para atrair e fixar profissionais doutores de diferentes áreas do conhecimento para as universidades da região da Amazônia Legal, que congrega nove estados da região Norte e Centro-Oeste, foi um dos temas em debate no Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).  

O evento ocorreu em Brasília, na última semana (16 e 17.05), visando traçar metas, diretrizes e perspectivas para o fortalecimento da pesquisa e pós-graduação.

Para o pró-reitor da pasta na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Antônio Francisco Malheiros, o maior desafio das Instituções de Ensino Superior da região é manter os doutores em locais mais afastados dos grandes centros. “É possível atrair profissionais qualificados com a realização de concursos públicos, porém fatores como falta de incentivo e infraestrutura de pesquisa adequada acabam por inviabilizar a sua permanência”, explicou.

A região Amazônica concentra apenas 4% dos profissionais doutores do país. Além da necessidade de ações e programas que incentivem a sua permanência na região, o Fórum destacou a urgência de investimentos para as áreas de ciência, pesquisa e desenvolvimento.

Entre as estratégias apresentadas, em reunião com o deputado Sibá Machado, membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, foi solicitado aumento no volume de emendas orçamentárias destinadas para a pesquisa e para Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados.

“As instituições entenderam ser necessário buscar investimentos para acelerar o desenvolvimento de programas e pesquisas na região, em ações de médio e longo prazo, incorporando o conhecimento a partir da nossa realidade e não sob parâmetros do centro-sul do país”, disse Malheiros.

Será encaminhada proposta de emenda para a concessão de bolsas para incentivo à fixação de doutores na região. A proposta será formalizada e apresentada ao coordenador da Bancada do Norte, em audiência a ser realizada no dia 14 de junho.

O Foprop contou com a presença de 20 representantes de instituições públicas e privadas da região da Amazônia Legal.

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