Igreja e jornalistas debatem silenciamentos em portugal



Temas das conferências das Jornadas Nacionais da Comunicação Social, que decorrem a 27 e 28 de setembro, foram anunciados. O silêncio e os silenciamentos nos media constituem um dos temas em debate nas 


Jornadas Nacionais da Comunicação Social

que a Igreja Católica promove a 27 e 28 de setembro, em Fátima.

O encontro, que decorre no Seminário do Verbo Divino, vai ser aberto pelo presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, D. Pio Alves, um dos bispos auxiliares da Diocese do Porto.

Após a saudação inicial do prelado, marcada para as 14h30, as jornadas prosseguem com a conferência: “Dinâmicas de produção de informação e de opinião na Igreja Católica”.

Pelas 16h30 começa o painel “Silêncio e silenciamentos na comunicação do religioso”, seguido do painel “Silêncio e silenciamentos no atual contexto mediático”, às 18h30. O programa de quinta-feira termina com a reunião dos membros da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, agendada para as 21h00.

O segundo dia abre com a conferência “Liberdade, responsabilidade, regulação”, marcada para as 09h30, e pelas 12h30 inicia-se a sessão de encerramento, presidida por D. Pio Alves.

As inscrições para as jornadas, que se concluem às 13h00 com o almoço, podem ser feitas através da página: www.ecclesia.pt/jornadas2012.

O diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, cónego João Aguiar, disse em junho à Agência ECCLESIA que os temas em discussão se enquadram na “realidade que se vai sentindo em Portugal, numa altura em que se fala de pressões à imprensa”.

O sacerdote sublinhou que “todas as vezes em que se afeta a liberdade de expressão, atinge-se também a dignidade e a democracia”.

As matérias em cima da mesa decorrem da mensagem de Bento XVI para o 46.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que foi tema de um dossier da Agência ECCLESIA.

O Papa desafiou os profissionais dos media a refletirem sobre “o silêncio e a palavra como caminho de evangelização” e defendeu a necessidade de “equilibrar” aqueles “dois momentos de comunicação”, no sentido de “se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.

Os presidentes das Comissões Episcopais de Comunicações Sociais de Portugal e Espanha, que se reuniram em Fátima no fim de junho, mostraram-se preocupados com a situação dos media, que consideram estar “notavelmente condicionada" por fatores económicos, ideológicos e políticos.

“A crise económica” causa, “com frequência”, a “perda de trabalho dos profissionais, com prejuízo para todo o processo comunicativo e a consequente limitação do direito do público a conhecer a verdade”, refere o documento conclusivo do encontro.

Os participantes observaram que a primazia dada às audiências “não pode ser o critério último” da programação, dado que é preciso atender às “necessidades das pessoas, sem sacrificar em nenhum caso a verdade e o bem comum”.

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