SP: avanço da Gripe A faz igrejas mudarem hábitos durante missas


No lugar da água benta, álcool gel. As orações deixaram ser feitas de mãos dadas. O tradicional cumprimento entre os fiéis e o abraço da paz também não fazem mais parte da missa.


No estado de São Paulo, 14 mortes por causa da Gripe A este ano. E a preocupação com a doença fez a Igreja Católica mudar os hábitos durante as missas. No lugar da água benta, álcool gel. Para entrar na igreja os fiéis têm que fazer a limpeza das mãos.
“É bastante importante chegar e passar, na hora de sair também”, diz uma mulher. Mesmo com o ar condicionado ligado, as portas laterais que antes ficavam fechadas, agora permanecem abertas durante toda a missa para facilitar a ventilação.
As medidas foram adotadas pela igreja depois que duas pessoas morreram e 23 contraíram a doença em Mirassol, cidade com 50 mil habitantes. Os padres foram alertados por profissionais da saúde sobre a necessidade de mudar alguns rituais. É que ficar em lugares com grande aglomeração, como as missas, aumenta o risco de transmissão.
Por isso, as orações deixaram ser feitas de mãos dadas. O tradicional cumprimento entre os fiéis e o abraço da paz também não fazem mais parte da missa. “O abraço da paz é necessário? A paz está dentro do coração da gente, então não há necessidade do contato”, afirma a professora Rita de Cássia Graton.
“Nós adotamos essas medidas sócio-educativas na comunidade justamente para prevenção e para que as pessoas possam estender essas medidas nas suas casas”, diz o padre Gerson Carlos Cavalin. Antes da eucaristia, as mãos são limpas com cuidado. E as hóstias não são mais colocadas na boca dos fiéis.
“Nós purificamos a mão com água normalmente, mas agora utilizamos o álcool gel, que é essa prevenção”, diz Luciano Rodrigo, ministro da Eucaristia.

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