Igreja Bento XVI diz que Concílio Vaticano II continua a ser "bússola" da Igreja


Os documentos do Concílio Vaticano II, que começou há 50 anos, permanecem sempre "a bússola" da Igreja "no meio das tempestades", defendeu esta quarta-feira o papa Bento XVI na praça de São Pedro.

Perante 20.000 peregrinos, concentrados na praça para a audiência geral das quartas-feiras, o papa exprimiu-se pela primeira vez com algumas palavras em árabe quando afirmou: "O papa reza por todas as pessoas de língua árabe. Que Deus vos abençoe a todos".

Um bispo tinha sintetizado previamente em árabe a catequese durante a qual Bento XVI tinha feito um elogio caloroso ao Concílio, do qual foi um dos especialistas, ao lado de um dos cardeais mais reformistas, Joseph Frings, antigo arcebispo de Colónia (Alemanha). A língua árabe foi utilizada hoje pela primeira vez numa audiência geral.

"Queria recordar o quanto os documentos daquele Consílio são para o nosso tempo uma bússola que permite à Igreja avançar em alto mar, quer no meio de tempestades, como em mar calmo, para navegar em segurança", afirmou o papa, retomando o sentido desta assembleia única que reuniu 2.250 bispos.

Bento XVI sempre insistiu na validade das 15 "constituições", decretos e declarações, adotados pelos padres do sínodo. Alguns dos documentos, sobre liberdade religiosa e o mundo moderno, não agradam aos tradicionalistas.

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