Prefeito diz que rebeldes destruíram manuscritos históricos no Mali


O prefeito da cidade de Timbuktu, no Mali, afirmou nesta segunda-feira que os rebeldes islâmicos atearam fogo na biblioteca da cidade onde havia milhares de manuscritos de valor inestimável.

A ação ocorreu quando os rebeldes perceberam que as tropas francesas e malinesas tomariam o controle da cidade, o que aconteceu nesta segunda.

"Os rebeldes atearam fogo no recém-construído Instituto Ahmed Baba, isso aconteceu há quatro dias", disse o prefeito, Halle Ousmane, à agência de notícias Reuters por telefone, da capital Bamaco.

Ele disse ter recebido esta informação de seu chefe de comunicações que foi à cidade no último domingo. Ousmane não soube dizer imediatamente quanto do edifício tinha sido danificado.

O prefeito disse que os rebeldes islâmicos, que tinham ocupado a cidade histórica desde primeiro de abril do ano passado, também incendiaram seu escritório e a casa de um parlamentar.

O Instituto Ahmed Baba possui uma das principais bibliotecas da cidade, contendo documentos antigos e frágeis que datam do século 13 e mais de 20 mil manuscritos acadêmicos. Alguns armazenados em cofres subterrâneos.

Os radicais islâmicos que ocupam o norte do Mali também haviam destruído antigos santuários sagrados para os muçulmanos, provocando indignação internacional.

Cidade Histórica

Além de estratégica do ponto de vista militar, a cidade de Timbuktu conta com uma série de prédios históricos do islamismo, como a universidade corânica de Sankore. A instituição foi uma das principais escolas islâmicas durante a Idade Média.

As instalações da universidade, as mesquitas e os mausoléus de alguns dos mestres são patrimônio tombado pela Unesco.




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